MNE chinês inicia visita às Filipinas para reforçar relações bilaterais

As Filipinas e a China concordaram em abrir “novas linhas de comunicação” para resolver os problemas entre os dois países sobre território marítimo disputado, afirmou ontem o Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr. “Estamos a trabalhar nisso, aguardamos uma resposta da China e acreditamos que estes assuntos serão resolvidos em benefício mútuo”, disse o Presidente das Filipinas, em comunicado, depois de um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, em Manila.

Para Ferdinand Marcos Jr., “numa situação regional ‘fluida’ e turbulenta, uma relação saudável e estável” entre a China e as Filipinas não só satisfará os dois Estados como também as “aspirações partilhadas com os países da região”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) chinês, Qin Gang, chegou a Manila na passada sexta-feira, para tentar reforçar as relações da China com as Filipinas. Esta visita do chefe da diplomacia chinês coincide com a realização pelas Filipinas e os Estados Unidos de grandes manobras militares, nas quais participam 18.000 efectivos e que decorrerão até 28 de Abril.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros filipino declarou, num comunicado, que os temas a abordar serão “questões de segurança regional de interesse mútuo”. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, declarou que esta visita tinha como objectivo “reforçar a confiança mútua”.

O antecessor de Qin, Wang Yi, foi o primeiro MNE a visitar Ferdinand Marcos Jr., no ano passado, classificando a sua eleição, em Junho, como uma “nova página” que originaria uma “nova era de ouro nas relações bilaterais” entre a China e as Filipinas.

Desde então, no entanto, Marcos aproximou-se dos Estados Unidos e em Maio reunir-se-á com o Presidente norte-americano, Joe Biden, para debater o reforço da aliança histórica entre os respectivos países.

Aliado estratégico

Manila e Washington acordaram recentemente a retoma de patrulhas marítimas conjuntas no mar do Sul da China e o aumento da presença das forças norte-americanas nas Filipinas.

Apesar de o exército filipino ser um dos mais fracos da Ásia, a proximidade de Taiwan e suas águas circundantes fazem dele um parceiro fundamental para os Estados Unidos em caso de conflito com a China.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros filipino, a visita de Qin surge na sequência da visita de Marcos a Pequim, em Janeiro, durante a qual foi acordada com o Presidente chinês, Xi Jinping, uma gestão “amigável” dos diferendos.

Subscrever
Notifique-me de
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários