Governo reforça urgências para responder a surto de gripe

O Governo reforçou o serviço de Urgências para dar “resposta ao pico de gripe”, que em março levou à vacinação do “dobro de pessoas” em relação aos dois meses anteriores, disseram os Serviços de Saúde.

Em resposta ao pico de gripe, o hospital público do território “tomou medidas eficazes de resposta, designadamente, a alocação de mais profissionais de saúde para o Serviço de Urgência, a otimização dos procedimentos de diagnóstico e tratamento, a fim de dar resposta ao aumento de pacientes”, referiram os Serviços de Saúde de Macau (SSM) num email enviado à Lusa.

Em março, a média semanal de vacinados “variou entre 1.300 e 1.400”, representando o “dobro de pessoas” em relação aos meses de janeiro e fevereiro, com uma média semanal de 600 a 700, apontaram ainda os SSM.

Entre 01 de setembro de 2022 e 17 de abril deste ano, contabilizaram ainda as autoridades, foram vacinadas 141.177 pessoas na região administrativa especial, o que significa um acréscimo de 12,8% em relação ao período homólogo do ano passado (125.162 pessoas).

No que diz respeito ao número de casos, as autoridades de saúde avançaram à Lusa que, de acordo com os “dados de doenças de declaração obrigatória de Macau, obtidos através da monitorização, foram registados mais de 2.900” entre 01 e 16 de abril.

O Governo admitiu recentemente que o uso prolongado de máscara, na sequência da pandemia da covid-19, levou à redução da imunidade da população, contribuindo igualmente para um aumento acentuado dos casos de gripe.

Muitos cidadãos continuam a usar máscara, apesar de esta já não ser obrigatória, exceto em instituições médicas, lares de idosos e de reabilitação ou alguns transportes públicos.

“Registamos, todos os dias, dezenas ou centenas de casos, mas atualmente não registamos uma tendência de redução”, salientou Leong Iek Hou, do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, citada pelo Canal Macau da estação pública local TDM.

Macau seguiu desde o início da pandemia a política de Pequim de ‘zero covid’, com a restrição das entradas no território, aposta em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas. Em dezembro do ano passado, o Governo de Ho Iat Seng anunciou o alívio destas medidas.

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