China / ÁsiaAno Novo Lunar | Pequim assegura que não houve nova vaga de covid-19 Hoje Macau - 31 Jan 2023 O período de festividades na entrada no Ano do Coelho decorreu de acordo com as previsões, não tendo sido registado o aparecimento de novas variantes do coronavírus, nem o aumento significativo de casos O Centro de Controlo de Doenças da China (CDC) disse ontem que a vaga de casos de covid-19 no país “não registou uma subida significativa” durante as férias do Ano Novo Lunar, terminadas no sábado. “A actual vaga na China está a chegar ao fim”, afirmou o CDC, na última edição da revista semanal. A agência explicou que “não foram encontradas novas variantes” do coronavírus e o pico da actual vaga “foi atingido no final de Dezembro passado”. Até ao final de Janeiro, “o número de novos casos diários caiu” e a “pressão hospitalar reduziu-se”, indicou a mesma fonte. O número diário de óbitos nos hospitais causados pela doença atingiu o pico a 4 de Janeiro, quando 4.273 pessoas morreram, de acordo com o CDC. Face ao descontentamento popular e à queda dos dados económicos, as autoridades chinesas optaram por um desmantelamento acelerado da estratégia ‘zero covid’, que vigorou no país ao longo de quase três anos e incluía o isolamento de todos os casos positivos e contactos próximos, bloqueio de cidades inteiras durante semanas ou meses, a realização constante de testes em massa e o encerramento das fronteiras. Pior já passou A súbita retirada das restrições, no início de Dezembro, sem estratégias de mitigação, resultou numa vaga de infecções que inundou o sistema hospitalar e os crematórios do país. O CDC apontou que o pico de pacientes em estado grave foi registado no dia 5 de Janeiro, quando atingiu os 128 mil. O número de visitas hospitalares por motivos de febre “caiu mais de 90 por cento”, a partir do final de Dezembro, acrescentou. Os especialistas chineses alertaram para uma possível propagação do vírus durante as férias do Ano Novo Lunar, entre 21 e 27 deste mês. Durante este período, centenas de milhões de chineses regressaram às respectivas terras natais. As autoridades de saúde pediram às zonas rurais que se preparassem para a propagação do vírus localmente, onde os recursos dos cuidados de saúde são escassos. A empresa britânica de análise de dados de saúde Airfinity estimou que o número de mortes diárias durante aquele período terá chegado a cerca de 36 mil por dia. De acordo com os dados oficiais, 6.364 pessoas morreram em hospitais devido à doença, entre 20 e 26 de Janeiro.