Covid-19 | Testes exigidos para entrar na Coreia do Sul, Austrália, França e Canadá

A lista de países que exigem resultado negativo no teste de ácido nucleico à entrada de quem vem de Macau continua a aumentar. Coreia do Sul, França, Austrália, Canadá, Israel, Espanha passam a exigir testes, enquanto Marrocos baniu mesmo a entrada a quem vem do Interior da China, Hong Kong e Macau

 

Depois de três anos de severas restrições de entrada, fronteiras fechadas à maior parte do mundo ou entrada permitia apenas a residentes, Macau está agora do outro lado da equação preventiva de controlo da pandemia. A lista de países que passaram a exigir a apresentação de teste de ácido nucleico a quem chega de Macau foi alargada.

Depois de Estados Unidos, Japão e Itália, um grupo alargado de países passou a exigir resultado negativo à entrada. Ontem, as autoridades de saúde da Coreia do Sul alargaram a exigência de testes antes da partida e à chegada para viajantes de Macau e Hong Kong. A medida foi justificada com a tentativa de prevenir que a elevada taxa de infecções nas regiões administrativas especiais, assim como no Interior da China, provoque novos surtos ou traga novas variantes da covid-19.

“A decisão foi tomada tendo em consideração a situação recente de infecções em Hong Kong e o elevado número de visitantes oriundos da região, assim como as restrições impostas por países como os Estados Unidos, Canadá e outras nações”, anunciou a Agência de Prevenção e Controlo de Doenças coreana. A medida entra em vigor no próximo sábado.

A Austrália foi outro país que começou a exigir testes a quem chega de Macau. A partir de amanhã, os viajantes que cheguem à Austrália oriundos de Macau e Hong Kong devem apresentar resultado negativo de teste de ácido nucleico realizado, pelo menos, 48 horas antes da partida, ou um teste rápido supervisionado por um médico. A medida aplica-se também a cidadãos australianos, indicou na segunda-feira o Governo de Camberra.

Cuidados globais

Também a partir de amanhã, passageiros oriundos de Macau estão obrigados a apresentar resultado negativo num teste à covid-19 à chegada ao Canadá. A informação divulgada pela Agência de Saúde Pública do Governo liderado por Justin Trudeau especifica que a medida será aplicada durante um período inicial de 30 dias. O teste deve ser feito até dois dias antes da partida. “O teste pode ser de ácido nucleico ou um teste rápido antigénio acompanhado de documentação que demonstre que foi realizado sob monotorização de um profissional médico ou por um laboratório certificado”, especifica a agência canadiana.

O Consulado-Geral da França em Hong Kong e Macau emitiu ontem uma nota a dar conta de que todos os passageiros, maiores de seis anos, oriundos da China e das regiões administrativas especiais têm de usar máscara em voos que tenham a França como destino.

Além disso, “a partir de amanhã e até 31 de Janeiro, todos os passageiros têm de apresentar no embarque resultado negativo num teste antigénio ou de ácido nucleico realizado pelo menos 48 horas antes do embarque”. O consulado acrescenta que a medida é aplicada a voos que partem hoje e que os resultados dos testes precisam ser certificados, em francês ou inglês, em papel ou em formato digital.

Além disso, os passageiros têm de apresentar à companhia aérea uma declaração sob compromisso de honra a garantir que não apresentam sintomas de infecção de covid-19, que não têm conhecimento de terem contacto ninguém infectado durante 14 dias antes da partida, reconhecendo que pode ser exigido a passageiros com idade superior a 11 anos a realização de um teste quando aterrarem em território francês. Se à chegada a pessoa testada acusar positivo fica obrigada a realizar sete dias de isolamento e, findo esse período, a submeter-se a novo teste.

Outro nível

Com a exigência de realização de testes a ser alargada a países como Espanha, Índia, Tailândia e Reino Unido, um país foi mais longe nas restrições, proibindo a entrada a pessoas oriundas da China: Marrocos. A restrição, alargada a pessoas vindas de Macau e Hong Kong, é a primeira a ser implementada por um país africano e vigora desde ontem.

“À luz da evolução da situação de saúde relacionada com a covid-19 na China, e para prevenir uma nova onda de infecções em Marrocos e as suas consequências, será proibido o acesso ao território do Reino de Marrocos a quem vem da República Popular da China, independentemente da nacionalidade”, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O Governo marroquino acrescenta que a medida “não afecta de forma alguma a forte amizade entre os dois povos e a parceria estratégica entre os dois países”.

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