CCCM inaugura hoje biblioteca e exposição de fotografia

É hoje inaugurada a nova biblioteca do Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), em Lisboa, depois de um longo período de obras e reestruturação dos serviços. O evento de abertura contará com a presença de Elvira Fortunato, ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, além de incluir a inauguração da exposição de fotografia “À Procura de Macau”, da autoria de Jorge Veiga Alves, às 18h (hora de Lisboa).

O projecto de uma nova biblioteca foi, desde o início do mandato, um projecto primordial de Carmen Amado Mendes à frente da presidência do CCCM. Até à data, a biblioteca localizava-se num edifício externo ao Centro, sujeito ao pagamento de renda.

Numa entrevista ao HM, concedida em Fevereiro, a académica dava conta da vontade de mudar esta situação e reduzir despesas. “Temos ainda a questão das instalações provisórias, pois durante todos estes anos de vida do CCCM temos pago renda pelo espaço onde tínhamos a biblioteca e o arquivo, e isso não fazia qualquer sentido. Finalmente conseguimos concluir as obras no nosso edifício onde fica o museu, o que nos permitiu mudar a biblioteca, e deixar de pagar renda. Com isso promovemos o uso de salas de aula para as formações que disponibilizamos e gabinetes para investigadores. Estou contente por estarmos já numa fase final.”

Recordar Macau

Quanto à exposição de fotografia, trata-se de mais uma oportunidade para ver o trabalho de Jorge Veiga Alves, ex-residente em Macau e que há muito se dedica à fotografia nos tempos livres, nomeadamente sobre a Macau antiga, as suas gentes e culturas locais do período anterior à transição.

Apresentam-se, assim, 30 fotografias tiradas entre os anos de 1986 e 1994, no formato analógico, e que foram digitalizadas e incluídas no projecto pessoal do fotógrafo também intitulado “À Procura de Macau”. Esta mostra pode ser vista até final de Janeiro.

De frisar que desde Janeiro que as imagens e vídeos do espólio pessoal de Jorge Veiga Alves estão à guarda do CCCM e disponíveis para consulta na biblioteca digital da entidade.

O fotógrafo confessou ao HM, em Janeiro, que grande parte do seu espólio serve de exercício de memória de uma Macau que já não existe. “Tenho fotografias do que todos os portugueses fotografavam, como as danças do leão e do dragão. Às vezes andava na rua com a minha máquina fotográfica, nas horas vagas, e também fotografei outros temas e situações da realidade de Macau. Comecei a perceber que, independentemente da qualidade fotográfica, algumas imagens remetem para locais que já não existem ou que mudaram muito.”

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