Economia chinesa recupera no terceiro trimestre do ano e cresce 3,9%

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A economia da China registou um crescimento homólogo de 3,9%, no terceiro trimestre do ano, de acordo com dados divulgados ontem, assinalando uma recuperação da actividade económica, mas ainda abaixo da meta estipulada por Pequim.

Os dados representam uma recuperação em relação ao ritmo de crescimento de 0,4% alcançado no trimestre anterior, entre março e junho, quando várias cidades importantes do país foram sujeitas a bloqueios rigorosos, incluindo Xangai, a ‘capital’ económica do país, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19.

No conjunto, a economia chinesa cresceu 3% entre janeiro e setembro, muito aquém da meta oficial de crescimento estipulada pelo Governo chinês para 2022, de “cerca de 5,5%”. O Banco Mundial reviu já em baixa a sua previsão de crescimento do PIB da China este ano, de “entre 4% e 5%” para 2,8%.

A publicação dos dados estava marcada para o dia 18 de outubro, mas o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) adiou subitamente o anúncio, sem oferecer qualquer explicação, o que suscitou suspeitas entre alguns analistas.

Segundo fontes citadas pela agência Bloomberg, o atraso deveu-se ao facto de o responsável pela assinatura dos documentos físicos para publicação dos dados estar isolado na ‘bolha sanitária’ do 20.º Congresso do Partido Comunista devido às medidas de prevenção epidémica.

Os dados do PIB no terceiro trimestre superaram a expectativa dos analistas, que previam uma recuperação de 3,4%, em relação ao mesmo período de 2021, e de 3,5% em relação ao segundo trimestre do ano.

Na comparação com o trimestre anterior, a economia chinesa cresceu também 3,9% entre junho e setembro.
O GNE também divulgou dados relativos a setembro sobre a produção industrial (aumento de 6,3%, em termos homólogos), vendas no comércio a retalho (+2,5%), investimento em imobiliário (subida de 5,9% no conjunto dos três primeiros trimestres) ou a taxa oficial de desemprego urbano, que passou de 5,3% para 5,5%.

Comércio externo subiu 8,3%

Também o comércio externo da China, denominado na moeda chinesa, o yuan, registou um crescimento de 8,3%, em termos homólogos, em setembro, segundo dados oficiais divulgados ontem pela Administração Geral das Alfândegas do país asiático.

As exportações aumentaram 10,7%, para 2,19 biliões de yuans. Esta taxa de crescimento foi, novamente, muito superior à das importações, que subiram 5,2%, para 1,62 biliões de yuans. No conjunto, em setembro, as trocas comerciais entre a China e o resto do mundo ascenderam a cerca de 3,81 biliões de yuans.

O excedente comercial do país asiático fixou-se assim nos 573.570 milhões de yuans. No acumulado deste ano, o comércio externo chinês cresceu 9,9%, em relação ao mesmo período de 2021. As exportações cresceram 13,8% e as importações subiram 5,2%.

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