China denuncia EUA como “provocador não provocado e o criador da crise”

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse na sexta-feira que o contexto e os eventos que levaram às tensões no Estreito de Taiwan são claros. Os EUA são o provocador não provocado e o criador da crise.

A porta-voz Hua Chunying fez estas declarações numa conferência de imprensa diária. “A situação actual é inteiramente causada pela presidente da Câmara Pelosi e outros políticos dos EUA”, disse Hua.

Hua acrescentou que o assunto de Taiwan não é sobre democracia, mas sobre a soberania e integridade territorial da China.

“Se um estado norte-americano procura separar-se dos EUA e afirma ser um país independente, e um país estrangeiro fornece armas e apoio político a esse estado, o governo e o povo dos EUA permitirão que isso aconteça?”, perguntou Hua, instando o lado dos EUA a colocar-se no lugar dos outros.

A visita de Pelosi a Taiwan é uma grave violação do princípio de Uma Só China. Atropela seriamente as normas básicas das relações internacionais. Também prejudica seriamente a soberania e a integridade territorial da China. A China fez todo o possível diplomaticamente, disse Hua.

Sem excessos

A porta-voz apontou que a China agiu em legítima defesa somente depois da acção provocadora dos EUA. As contramedidas da China são necessárias como um alerta aos provocadores e como um passo para defender a soberania e a segurança do país.

“Agora os EUA e os seus aliados manifestaram-se acusando a China de ‘exagerar’. Mas se eles realmente se importam com a paz e a estabilidade regionais, por que não se levantaram e tentaram dissuadir Pelosi logo no início?”, disse a porta-voz.

Hua Chunying enfatizou que as contramedidas da China são justificadas, necessárias e proporcionais, e não há nada de excessivo nelas. Os EUA, como provocador e causador da crise, necessitam e devem assumir toda a responsabilidade.

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