VozesQualquer movimento provocativo para desafiar a linha vermelha da China está condenado ao fracasso Hoje Macau - 4 Ago 2022 Por Liu Xianfa* As questões relacionadas a Taiwan dizem respeito aos interesses ncleares da China e são mais importantes e sensíveis nas relações entre a China e os Estados Unidos da América. No seu último telefonema com o Presidente Xi Jinping em 28 de Julho, o Presidente dos EUA, Joe Biden, assegurou que a política de Uma Só China dos EUA não mudou e não mudará, e que os EUA não apoiam a “independência de Taiwan”. O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, fizeram também as mesmas promessas em conversas com contrapartes chinesas. Fiel à natureza dos políticos dos EUA, dizem sempre uma coisa e fazem outra. Embora a China tinha repetidamente deixado claro para os EUA as suas sérias preocupações com a possível visita da Presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, bem como a firme oposição da China a ela, tal visita ainda ocorreu. A visita de Pelosi envia outro sinal errado às forças separatistas que buscam a “independência de Taiwan”, constitui uma interferência grosseira nos assuntos internos da China, infringe seriamente a soberania e a integridade territorial da China, atropela desenfreadamente o princípio de Uma Só China, ameaça grandemente a paz e a estabilidade através do Estreito de Taiwan , prejudica gravemente as relações China-EUA e leva a uma situação e consequências demasiado graves, que é um divisor de águas nas relações do Estreito de Taiwan, bem como nas relações China-EUA. Existe apenas uma China no mundo, e Taiwan faz parte inseparável da China. Isto é um consenso internacional estabelecido e uma norma básica que rege as relações internacionais. O princípio de Uma Só China é um princípio fundamental afirmado na Resolução 2758 da Assembleia Geral das Nações Unidas, e também a premissa sobre a qual a China estabeleceu relações diplomáticas com 181 países, incluindo com os EUA. No mês de Dezembro de 1978, a China e os EUA emitiram o Comunicado Conjunto sobre o Estabelecimento das Relações Diplomáticas, no qual os EUA “reconhecem o Governo da República Popular da China como o único Governo legítimo da China” e “reconhecem a posição chinesa de que há apenas uma China e Taiwan faz parte da China.” Todo o mundo agora sabe qual o lado que está a quebrar suas próprias palavras, qual lado está a causar problemas e qual lado está a tomar acções unilaterais no sentido de mudar o status quo do Estreito. Pelosi é a oficial de terceiro escalão mais alto no governo e a segunda na linha de sucessão à presidência dos EUA. Seja qual for o momento ou a maneira como ela vai para Taiwan é uma violação grave do princípio de Uma Só China, com o qual os EUA estão comprometidos nos três comunicados, que são o fundamento das relações diplomáticas entre os dois países e, sem dúvida, criará um impacto político notório. A separação de poderes nos EUA não torna a viagem de Pelosi a Taiwan desculpável. E a afirmação absurda de que “Se a Presidente da Câmara decidir visitar e a China tentar criar algum tipo de crise ou aumentar as tensões, isso será inteiramente de Pequim” feita pelo Secretário de Estado Blinken apenas leva à falência o crédito dos EUA com a sua hipocrisia. De facto, por um período de tempo, o lado dos EUA tem vindo a intensificar seus esforços, incluindo obscurecer e esvaziar o princípio de Uma Só China, fortalecer a interação oficial com Taiwan, ajudar Taiwan a desenvolver as chamadas capacidades de defesa assimétricas, defender a teoria do “status indeciso” de Taiwan e, encorajar as forças separatistas da “independência de Taiwan”, para jogar a “carta de Taiwan” com a tentativa de usá-la para conter a China. As questões relacionadas a Taiwan dizem respeito aos interesses núcleos da China, sobre os quais não há espaço para concessões. Nunca permitiremos espaço para forças separatistas de “independência de Taiwan” de qualquer forma. Ninguém deve subestimar a determinação firme, vontade forte e capacidade grande do povo chinês em defender a soberania nacional e a integridade territorial. Como quem provocou as tensões actuais, os EUA têm que arcar com todas as graves consequências daí decorrentes. Como o Presidente Xi Jinping enfatizou no seu telefonema com o Presidente Biden, salvaguardar resolutamente a soberania e a integridade territorial da nação é a firme vontade de mais de 1,4 mil milhões de chineses. Aqueles que brincam com fogo perecerão por ele. Não há nenhuma força que possa impedir a China de alcançar a reunificação nacional entre Taiwan e o continente chinês. A reunificação nacional nunca foi uma questão de sim ou não, mas uma escolha de caminho e tempo. Qualquer movimento provocativo para desafiar a linha vermelha da China está condenado ao fracasso. *(Liu Xianfa, Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na Região Administrativa Especial de Macau)