Governo garante que espectro do imposto de turismo não será alargado

Apesar de o novo diploma que regula o imposto de turismo prever a tributação de estabelecimentos dedicados à venda de bens e, não só, de serviços, o Governo assegurou ontem que a alteração à lei não irá implicar um alargamento do âmbito de incidência sobre os agentes sujeitos à cobrança do imposto.

A revelação foi feita ontem perante os membros da 3ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, que concluiu ontem a análise na especialidade à “Alteração ao Regulamento do Imposto de Turismo”.

Segundo Vong Hin Fai, deputado que preside à comissão, isso quer dizer que lojas e outros estabelecimentos dedicados à venda de artigos localizadas no interior dos resorts, não terão de pagar imposto de turismo, desde que sejam independentes do hotel.

“O imposto de turismo incide sobre os bens fornecidos e serviços prestados directa ou indirectamente. Manifestámos a nossa preocupação com o facto de essa alteração poder alargar o âmbito da incidência real [do pagamento do imposto]. No entanto, com a sua explicação, o Governo descansou a comissão, dizendo que esse alargamento (…) não vai acontecer e deu como exemplo os estabelecimentos localizados nos resorts que há em Macau”, começou por dizer o deputado.

“Quando há estabelecimentos nos resorts que vendem artigos de desporto, roupa ou (…) prestam serviços, há a possibilidade de esses bens ou serviços estarem sujeitos à tributação do imposto de turismo. O Governo explicou que quando se trata de estabelecimentos autónomos da unidade hoteleira ou dos resorts em termos de espaço (…), de acordo com o regulamento do imposto de turismo, estes não estão necessariamente abrangidos”, acrescentou.

Por exclusão de partes

Além disso, frisou o deputado, a proposta de lei concretiza que health clubs, espaços de massagem, karaokes e saunas estão entre os estabelecimentos sujeitos ao pagamento do imposto de turismo e que, por isso, “outros estabelecimentos que não estejam especificamente indicados (…) não estão abrangidos pela incidência real” do diploma.

Durante a reunião de ontem, Vong Hin Fai partilhou ainda que, dado que o Governo não faz a cobrança do imposto de turismo desde 2020 devido à pandemia, a comissão alertou o Executivo para “estar atento” ao processo de regulamentação para que a sua aplicação seja a “melhor” assim que situação epidémica atenuar.

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