Governo chinês promete mais medidas para impulsionar crescimento económico

O Politburo, principal órgão do Partido Comunista da China, prometeu mais medidas para impulsionar o crescimento económico e, ao mesmo tempo, conter os surtos de covid-19, noticiou hoje a imprensa estatal chinesa.

“É muito importante fazer um bom trabalho económico e garantir e melhorar a vida das pessoas”, disse a agência oficial de notícias Xinhua, que não mencionou qualquer mudança na estratégia de combate à covid-19.

O Politburo concordou em ajustar as políticas para manter a economia a “operar numa faixa razoável” e para acelerar a implementação de descontos e reduções de impostos, garantir o fornecimento de energia e ajudar as indústrias, as pequenas empresas e as famílias mais afetadas pela pandemia.

A economia chinesa estava a desacelerar ainda antes da última onda de infeções por covid-19, que obrigou a confinamentos, incluindo na capital financeira do país, Xangai, criando interrupções na produção e exportação de produtos e em outras atividades comerciais.

Em resposta, o principal índice da bolsa de Xangai subiu hoje 2,4%, enquanto o Hang Seng, o principal índice de Hong Kong, subiu 3,3%.

Xangai registou 52 novas mortes por covid-19, nas últimas 24 horas, e 5.487 novos casos positivos, o número mais elevado desde o início da pandemia, anunciou a Comissão de Saúde da China.

Um surto de covid-19 em Xangai levou as autoridades chinesas a impor um confinamento quase total da cidade, com cerca de 25 milhões de habitantes, há cerca de um mês.

Os moradores de Xangai ficaram sem acesso a comida e necessidades diárias, face ao encerramento de supermercados e farmácias, e dezenas de milhares de pessoas foram colocadas em centros de quarentena, onde as luzes estão sempre acesas, o lixo acumula-se e não existem chuveiros com água quente.

Qualquer pessoa com resultado positivo, mas que não tenha sintomas, deve passar uma semana numa destas instalações, e os restantes cumprem isolamento no hospital.

O fluxo de produtos industriais também foi interrompido pela suspensão do acesso a Xangai, onde fica o porto mais movimentado do mundo, e outras cidades industriais, incluindo Changchun e Jilin, no nordeste da China.

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