Patuá | CCCM promove oficina sobre dialecto da comunidade macaense

O patuá, um dialecto de Macau em vias de extinção, será o foco da próxima oficina promovida pelo Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), em Lisboa. Entre o dia 30 de Abril e 31 de Outubro irá decorrer a “Oficina Língua Patuá”, que inclui aulas sobre o “enquadramento histórico, económico e social de Macau”, o “ensino e compreensão de fonemas, dicção e formas de falar”, sendo ainda feita uma introdução aos poemas macaenses. Esta oficina inclui também o ensino do patuá com declamação na sua vertente poética. Com esta iniciativa, o CCCM pretende chamar a atenção “para a posição mundial do Patuá enquanto língua minoritária decretada pela UNESCO, em risco de extinção”.

Esta oficina terá, portanto, “um conjunto de aulas vivas com a finalidade de sensibilizar para a questão da preservação” deste crioulo. Desta forma, contribui-se “para a preservação de uma componente integrante da singular história e cultura macaense”.

Esta oficina será ministrada por Joaquim Ng Pereira, macaense, licenciado em ciências da comunicação e cultura e mestre em programação e gestão cultural, ambos na Universidade Lusófona. Membro da Comissão das Migrações, Joaquim Ng Pereira tem-se dedicado, em Portugal, à promoção e divulgação do patuá e da cultura macaense.

Nesta actividade colabora também Sara Roncon Leotte, licenciada em relações lusófonas e língua portuguesa pelo Instituto Politécnico de Bragança e autora do relatório de estágio “Perspectivas sobre o ensino das línguas – português, chinês e patuá: a criação de oficinas de língua”, defendido no CCCM. A temática das relações sinólogas, com incidência em Macau e a preservação do patuá constitui o seu primeiro trabalho na área.

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