Ucrânia | Banco dos BRICS suspende transações financeiras na Rússia

O Banco do Novo Desenvolvimento, mais conhecido como o banco dos BRICS, anunciou a suspensão das operações na Rússia, um dos países que, juntamente com o Brasil, Índia, África do Sul e China, compõem os chamados BRICS.

“O banco do Novo Desenvolvimento [New Development Bank – NDB] aplica princípios sãos em todas as suas operações, conforme exposto nos Artigos de Princípio”, lê-se numa declaração de três linhas colocada no ‘site’ do banco. “À luz das incertezas e restrições em curso, o NDB suspendeu as novas transações na Rússia”, refere a mesma nota.

A declaração, consultada hoje pela Lusa e com data de quinta-feira, 3 de março, acrescenta ainda que “o NDB vai continuar a operar os seus negócios em conformidade total com os mais altos padrões de ‘compliance’ [cumprimentos dos regulamentos e boas práticas] enquanto instituição internacional”.

A sigla BRIC foi apresentada pela primeira vez por Jim O’Neil, no estudo de 2001 ‘Building Better Global Economic BRIC’, sendo acrescentada a África do Sul em 2010, mudando a sigla para BRICS.

Este grupo de cinco países representa cerca de 25% da riqueza mundial e entre 2003 e 2007 foi responsável por 65% do crescimento mundial, embora as trajetórias de crescimento muito diferentes desde então tenham levado a agência de notação financeira Standard & Poor’s, em 2019, a dizer que o acrónimo já não faz sentido.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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