China / ÁsiaUcrânia | NATO é produto da Guerra Fria que ameaça segurança da Rússia, defende Pyongyang Hoje Macau - 14 Fev 2022 A diplomacia norte-coreana defendeu hoje os interesses da Rússia na crise da Ucrânia, acusando os Estados Unidos e a NATO, que descreveu como um produto da Guerra Fria, de representarem, uma ameaça à segurança na região. “É um facto bem conhecido que a ameaça militar dos Estados Unidos a Moscovo está a aumentar gradualmente devido à implantação de sistemas de defesa antimísseis na Europa Oriental, o fortalecimento da presença militar da NATO nas regiões fronteiriças com a Rússia e a expansão contínua da NATO para o leste após o colapso da União Soviética”, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano. Na nota, divulgada na página do ministério na Internet, Pyongyang lamenta os “persistentes rumores lançados pelos Estados Unidos sobre uma ‘invasão russa da Ucrânia’ como pretexto para “enviar milhares de tropas para a Europa Oriental” e “aumentar o grau de tensão em torno da Ucrânia”. A ação norte-americana é classificada por Pyongyang tão “surpreendente quanto selvagem”. Da mesma forma, o ministério denuncia que a NATO não passa de “um produto da Guerra Fria, impulsionada pela agressão e pelo desejo de dominar”. Pyongyang destaca que as tentativas de “pressionar Moscovo” apenas provocarão “uma reação mais forte da Rússia” que, assinala, está “pronta para lutar pela sua segurança”. O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado dezenas de milhares de tropas junto às fronteiras da Ucrânia para invadir novamente o país vizinho. Os Estados Unidos alertaram na sexta-feira que um ataque russo pode acontecer “a qualquer momento” e pediram aos seus cidadãos que abandonassem o país rapidamente. Desde então, dezenas de governos, incluindo o de Portugal, aconselharam os seus cidadãos a sair da Ucrânia. A Rússia nega pretender invadir a Ucrânia, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança. Essas exigências incluem garantias juridicamente válidas de que a Ucrânia nunca fará parte da NATO e o regresso das tropas aliadas nos países vizinhos às posições anteriores a 1997. Os Estados Unidos e os seus aliados da NATO e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) recusam tais exigências.