China / ÁsiaChina assina novo acordo para reforço da colaboração militar com Rússia Hoje Macau - 25 Nov 2021 A Rússia e a China assinaram ontem um quadro de referência para o estreitamento dos laços militares, com Moscovo a referir-se a voos estratégicos norte-americanos cada vez mais frequentes perto das fronteiras dos dois países. O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, e o seu homólogo chinês, Wei Fenghe, “manifestaram o interesse comum em intensificar exercícios militares estratégicos e patrulhas conjuntas da Rússia e da China”, anunciou o Ministério da Defesa russo. “A China e a Rússia são parceiros estratégicos há muitos anos”, disse Shoigu e “hoje, perante crescentes perturbações geopolíticas e maior potencial de conflito em várias partes do mundo, o desenvolvimento desta interacção é especialmente relevante.” Shoigu e Wei saudaram uma série de manobras recentes que envolveram aviões de guerra e forças navais russas e chinesas, e assinaram um plano de cooperação militar para 2021-2025. Shoigu apontou voos cada vez mais frequentes de aviões estratégicos dos EUA perto das fronteiras russas, dizendo que só no último mês houve 30 missões deste tipo. Este mês, durante um exercício da força estratégica global dos EUA, “10 bombardeiros treinaram o cenário de usar armas nucleares contra a Rússia praticamente em simultâneo a partir das direcções este e oeste”, exemplificou Shoigu, acrescentando que se aproximaram até cerca de 20 quilómetros da fronteira russa. “Neste ambiente, a coordenação entre Rússia e China torna-se um factor de estabilização nos assuntos globais”, sustentou o ministro. Em conjunto Na sexta-feira, dois bombardeiros estratégicos russos Tu-95MS e dois bombardeiros estratégicos chineses H-6K fizeram uma patrulha conjunta sobre o Mar do Japão e o Mar da China Oriental, levando a Coreia do Sul a deslocar aviões de combate. A Rússia tem procurado expandir os laços com a China, à medida que as suas relações com os EUA e aliados ocidentais se afundaram para níveis próximos dos da Guerra Fria, sobretudo depois de, em 2014, Moscovo ter avançado com a anexação da península da Crimeia, território da Ucrânia.