Song Pek Kei diz que não deve haver “cortes radicais” às licenças

Abordando o futuro concurso público para a concessão das licenças do jogo, a deputada Song Pek Kei defendeu que o Governo não deve fazer “cortes radicais” e deve tratar a matéria de forma “simples”, para assegurar a estabilidade e os postos de trabalho do sector. 

“O Governo deve ter em conta os interesses gerais, não fazer cortes radicais e tratar esta matéria de forma simples, porque a revisão legislativa deve ter como objectivo principal a salvaguarda do mercado de emprego e a estabilidade do sector do jogo”, defendeu, vincando que as concessionárias, as salas VIP e os casinos satélite são a principal base do jogo de Macau.

Recorde-se que na proposta de alteração à lei do jogo em Setembro, o Governo disse querer rever o número e prazos das concessões, bem como proibir as subconcessões.

A deputada lembrou ainda que as receitas do jogo representam, actualmente entre 70 e 80 por cento das receitas financeiras do Governo e que o sector conta com mais de 80 mil trabalhadores, devendo as decisões relativas ao sector privilegiar “a estabilidade social e o desenvolvimento económico de Macau”.  

Para orientar o desenvolvimento do sector, Song Pek Kei sugeriu ainda que o Governo faça um “balanço do passado”, dando especial relevância às salas VIP enquanto “característica de Macau”. Sobre o desenvolvimento do sector, a deputada vinca que o Executivo deve “orientá-lo e desenvolvê-lo num trilho correcto e planeado”, de forma a desenvolver Macau enquanto Centro Mundial de Turismo e Lazer e contribuir para a diversificação económica.

Jogar para não jogar

A pensar no concurso para a concessão de licenças de jogo, Song Pek Kei sugeriu ainda que o Governo crie um fundo específico para a construção de elementos não jogo. Como exemplo, a deputada defendeu a criação de um “fundo de desenvolvimento para a construção de uma cidade inteligente” e um “fundo para startups” que permitam injectar mais investimentos neste tipo de actividades. 

Nesse sentido, defendeu que o Executivo “não deve limitar a curto prazo”, o desenvolvimento de elementos não jogo, alargando esses projectos à zona de cooperação na Ilha da Montanha e à Grande Baía.    

Sobre as condições dos funcionários do sector, foi sugerido um maior equilíbrio entre o tempo gasto no trabalho e em família, aumentando períodos de descanso e concedendo subsídios para quem tem de cuidar de crianças.  

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