China / ÁsiaChina quer reduzir preço do carvão num período de escassez de energia Hoje Macau - 20 Out 2021 O Governo chinês está a ponderar intervir para reduzir o preço do carvão, cujo aumento está a contribuir para cortes no fornecimento de energia no país e a abrandar a recuperação da segunda maior economia do mundo. O forte aumento no custo das matérias-primas, em particular do carvão, do qual a China depende para abastecer fábricas, levou já ao racionamento de eletricidade e elevou os custos de produção para as empresas. Para aliviar a pressão, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR) chinesa, órgão máximo de planeamento económico do país, admitiu a possibilidade de intervir para reduzir os preços do carvão. “O atual aumento dos preços desvia-se completamente dos fundamentos da oferta e procura”, apontou, em comunicado. A agência “vai usar todos os meios necessários […] para trazer os preços do carvão de volta a uma faixa razoável”, garantiu. A mesma fonte não especificou quais as medidas que podem ser adoptadas. O carvão, fonte de energia particularmente poluente, fornece cerca de 60% da produção de eletricidade na China. Nas últimas semanas, o país enfrentou cortes de energia que interromperam a produção industrial em importantes províncias do país. A CNDR também pediu que as minas de carvão aumentem a produção diária para um mínimo de 12 milhões de toneladas. O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu que o país vai começar a reduzir as emissões antes de 2030. Para aliviar a escassez de energia, o Governo chinês autorizou, na semana passada, um aumento excecional dos preços da eletricidade, para permitir que os produtores possam enfrentar a subida nos custos. Na China, os preços da eletricidade são regulados e não podem oscilar mais ou menos de 10% em relação ao valor padrão. O limite foi aumentado para 20% para as empresas, mas não há limite para setores intensivos em energia, como a produção de aço.