SociedadeGoverno nega que ligações familiares de Alvis Lo tenham evitado isolamento João Santos Filipe - 11 Out 2021 Os Serviços de Saúde (SSM) recusaram que as ligações familiares do director, Alvis Lo, tenham estado na origem da decisão que evitou que o edifício Bayview fosse isolado e os moradores classificados com código de saúde amarelo ou vermelho. A polémica surgiu depois de identificado o 77.º caso de covid-19, relativo a uma mulher vietnamita que trabalhava como empregada doméstica no Bloco 3 do Edifício Bayview. Contudo, ao contrário do que tem sido habitual nestas situações, o edifício não foi classificado com código de saúde amarelo ou vermelho, levando a que os moradores ficassem restringidos nas deslocações. Em último caso, até poderiam ser obrigados a cumprir quarentena. Após a decisão, surgiram rumores que no Bloco 3 do edifício habitavam familiares de Alvis Lo, director dos SSM, e do subdirector dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude, Kong Chi Meng. Além disso, foi também referido nas redes sociais que no mesmo edifício vivem membros da família Ma, uma das mais influentes do território. O assunto foi abordado na conferência de imprensa de sábado, com a médica Leong Iek Hou a recusar qualquer tratamento preferencial. Após surgirem rumores, Leong entrou em contacto com Alvis Lo, que terá garantido que nenhum dos seus familiares vivia no Bloco 3 do edifício. A médica afirmou também que o mesmo acontecia com Kong, que não morava no edifício em causa. A situação dos familiares do desaparecido Ma Man Kei nunca foi abordada. Todos negativos Apesar de não ter sido classificado como zona amarela ou vermelha, o Governo decidiu controlar as entradas no Bayview e não permitiu que ninguém saísse, até que todos os moradores e ocupantes fossem testados. Os testes terminaram no sábado, com todos os moradores autorizados a circular normalmente entre a comunidade. “A amostragem, que começou às 08h e terminou às 14h30, revelou que os resultados de teste de ácido nucleico dos 771 moradores e das 102 amostras ambientais dos espaços públicos deram todos negativos”, foi anunciado, em comunicado. Sobre os critérios para situações semelhantes no passado, Leong Iek Hou justificou que a fonte de contágio tinha sido identificada no contacto com o caso 75.º, que não trabalhava no mesmo edifício. Além disso, foi indicado que a trabalhadora doméstica nunca tinha tido qualquer teste positivo até 8 de Outubro e que estava em quarentena desde o dia 5 de Outubro.