Manchete SociedadeToi San | Problemas mentais na origem de esfaqueamento João Santos Filipe - 23 Ago 2021 Agressor de 29 anos está desempregado e tem historial de problemas psíquicos. Vítima em estado mais grave relatou às autoridades que nunca houve qualquer disputa entre ela e o atacante Problemas mentais estiveram na origem do esfaqueamento da semana passada, que deixou duas pessoas feridas. O caso aconteceu no Edifício Houng Tou Ka, no Toi San, na manhã de quinta-feira e o agressor foi identificado como uma pessoa que sofre de perturbações psíquicas. Segundo as informações divulgadas pela Polícia Judiciária (PJ), o homem de 29 anos está desempregado, tem um historial de problemas psíquicos, e na altura do ataque encontrava-se alterado. Por esse motivo, o homem foi levado para uma instituição de acompanhamento psíquico, onde vai ser feito um relatório sobre a situação. Apesar do estado mental, o homem foi medicado, e as autoridades estão a investigar o caso à luz da acusação de tentativa de homicídio. À PJ, a vítima de 54 anos, que no sábado ainda se encontrava no hospital a recuperar, afirmou não ter havido qualquer discussão entre ela e o agressor. A mulher declarou mesmo que nunca tinha havido qualquer problema entre os dois. De acordo com o mesmo relato, o ataque terá sido gratuito, numa altura em que circulava num corredor à porta e casa. Quando foi esfaqueada, a mulher admitiu ter começado logo a pedir por ajuda, o que fez com que aparecesse o vizinho de 63 anos. Por sua vez, o homem atacado afirmou que depois de ouvir gritos que foi ao local, para ver o que se estava a passar. Contudo, mal se aproximou do local foi atacado pelo agressor. Segundo a vítima do sexo masculino, o agressor terá desistido de os perseguir após os primeiros avanços, o que permitiu que as duas vítimas entrassem num elevador e descessem para o rés-do-chão, onde pediram ajuda ao porteiro. Detenção com cooperação Após o ataque, o homem entrou na casa da mulher, no 18.º andar, onde se trancou. Foi nesse local que foi encontrado pelas autoridades, quando entraram no edifício para procederem à detenção. Segundo o relato da PJ, o homem abriu a porta aos agentes e cooperou em todos os procedimentos. Na fracção, havia ainda três facas, já sem manchas de sangue, que estam a ser investigadas como arma do crime. Uma vez que a arma terá sido limpa, as autoridades vão fazer os exames forenses para determinar qual foi utilizada. Quanto às vítimas, o homem apresentava ferimentos no pescoço, no lado esquerdo, e recebeu alta logo na sexta-feira. No sábado, a mulher continuava internada, uma vez que foi esfaqueada mais vezes. Como consequência das agressões, ficou com uma fractura numa das mãos e um tendão cortado.