China realiza em Junho testes para tradutores e intérpretes chinês-português

A China vai realizar a 19 e 20 de Junho os primeiros testes de acreditação de tradutores e intérpretes chinês-português e português-chinês. O Centro de Gestão de Projeto do Teste de Acreditação da China para Tradutores e Intérpretes (CATTI, na sigla inglesa) anunciou que os testes irão decorrer em simultâneo na China continental e em Macau.

Os testes exigem “um conhecimento profundo da sociedade, história e cultura da China e dos países de regiões de língua portuguesa”, sublinha o CATTI, num comunicado. A candidatura aos testes, distribuídos por três níveis de proficiência, é aberta não apenas a cidadãos chineses, mas também a estrangeiros que trabalhem na China e residentes em Macau, Hong Kong e Taiwan.

Só quem passa nestes testes pode trabalhar na Administração de Publicações em Línguas Estrangeiras da China (CIPG, na sigla inglesa), que tem a tutela do CATTI, ou ingressar em mestrados de tradução e interpretação.

O CATTI tinha anunciado no final de fevereiro a criação de um comité para preparar e avaliar este teste. O comité, que conta com 12 peritos em português, seis dos quais baseados em Macau, é liderado pelo presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Macau (IPM), Lei Heong Iok.

O CATTI realizava até agora testes de acreditação de tradutores e intérpretes de sete línguas: inglês, francês, alemão, japonês, russo, espanhol e árabe.

Cerca de 50 instituições chinesas de ensino superior têm cursos de língua portuguesa, disse à Lusa, em novembro, Gaspar Zhang Yunfeng, coordenador do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do IPM.

O professor indicou que o interesse pelo português na China registou um “crescimento enorme” nos últimos anos, porque há muitas saídas profissionais, nomeadamente “em empresas chinesas que tenham uma grande colaboração com os países de língua portuguesa”.

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