SociedadeSegurança | PJ fica com vagas de contratação dos Bombeiros e PSP João Santos Filipe - 1 Abr 2020 Com poderes reforçados para combater as ameaças ao Estado, a Polícia Judiciária vai precisar de contratar mais agentes. Só na área forense está prevista a contratação de 58 técnicos e técnicos superiores [dropcap]A[/dropcap] execução das Lei de Defesa do Estado, Cibersegurança e Criminalidade Informática carece de reforço dos quadros da Polícia Judiciária (PJ). Para o efeito, vão ser disponibilizadas vagas de contratação de pessoal do Corpo de Bombeiros (CB) e Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). A informação foi transmitida por Wong Sio Chak, após uma reunião na Assembleia Legislativa para discutir o regime de carreiras especiais da PJ. “Tendo em conta que foram aprovadas várias leis, nomeadamente a Lei da Segurança do Estado, Cibersegurança, entre outras, é necessário aumentar o número do quadro de pessoal da Polícia Judiciária”, afirmou Ho Ion Sang, presidente da 1.ª Comissão da AL. “Sabemos que há falta de pessoal na PJ, que vai enfrentar cada vez mais trabalho, devido a essas leis. Por isso, é necessário contratar mais talentos para esta área, também de forma a satisfazer as necessidades de investigação criminal”, acrescentou. A transferência das vagas, em vez do aumento do número de pessoal da tutela, tem em conta a política prometida por Ho Iat Seng no programa de candidatura a Chefe do Executivo. Segundo essas linhas de orientação, o Governo ia evitar ao máximo aumentar os seus quadros e proceder a contratações de forma muito rigorosa. “No novo mandato o governo da RAEM tinha referido que ia ser mais exigente na contratação de trabalhadores. Portanto, o secretário referiu que em vez de aumentar o número de vagas para contratação na sua tutela que iria transferi-las para a Polícia Judiciária”, apontou o deputado. Ainda de acordo com Ho Ion Sang, os deputados presentes na reunião da 1.ª comissão não mostraram qualquer reserva perante a medida. Mais 58 contratações O conjunto de leis mencionado anteriormente explica a necessidade de proceder a 58 novas contratações. Assim sendo, o número de técnicos superiores de ciências forenses vai crescer dos actuais 23 para 56 profissionais. Já o número de técnicos forenses vai quase triplicar, de 13 para 38. O presidente da comissão explicou ainda que as vagas serão ocupadas por pessoal altamente especializadas para a recolha de provas materiais. Por exemplo, vão ser contratados técnicos especializados em química, a pensar nos crimes de droga, biologia, para análise de ADN, ou em engenharias e física, a pensar na balística.