Acordo parcial para por fim a guerra comercial é assinado hoje

[dropcap]E[/dropcap]stados Unidos e China assinam hoje um acordo parcial para colocar fim a quase dois anos de guerra comercial, retirando taxas retaliatórias e retomando o investimento em importações, anunciaram os governos dos dois países.

A “Fase Um” do acordo comercial entre os EUA e a China estava a ser negociada há vários meses e determina o início de reformas nas práticas chinesas de transferência de tecnologias e uma expansão nas compras de produtos agrícolas entre os dois países.

Hoje o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, assinam um compromisso em que a China se compromete a comprar cerca de 200 mil milhões de euros em exportações norte-americanas, que incluem bens agrícolas, mas também em produtos e serviços energéticos.

O representante norte-americano do Departamento do Comércio, Robert Lightizer, referiu-se a este acordo parcial como “um tremendo passo em frente” nas relações comerciais entre os dois países, dizendo tratar-se de um “mesmo muito bom negócio” para os Estados Unidos, em declarações a uma estação televisiva norte-americana.

O secretário do Comércio dos EUA, Steven Mnunchin, disse estar confiante em que as “questões técnicas mais complexas estão praticamente resolvidas”, acreditando que as futuras negociações para novas fases do acordo comercial serão “substancialmente mais fáceis”.

O Governo chinês também já comentou este acordo, mostrando-se otimista relativamente ao desenvolvimento das negociações comerciais entre os dois países, dizendo acreditar que será encontrada uma solução definitiva para um conflito que dura há mais de um ano e meio.

O Presidente dos EUA considera que a China é o país mais prejudicado com esta guerra comercial e tem afirmado que as tarifas retaliatórias provocaram muitos danos na economia chinesa, obrigando o Governo de Pequim a fazer cedências.

Os mercados asiáticos e norte-americanos já reagiram ao anúncio da assinatura do acordo parcial com subidas significativas, no início desta semana, nas principais bolsas do Japão, Coreia do Sul, Hong Kong e Pequim, bem como nos índices das bolsas de Wall Street e Nasdaq.

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