Albergue SCM | Exposição de Raquel Gralheiro inaugurada em Nanjing  

Chama-se “O Meu Zodíaco Chinês” e é o nome dado à exposição de Raquel Gralheiro organizada pelo Albergue SCM no museu da escola de artes da Universidade Normal de Nanjing. Um total de 25 obras, já expostas na primeira Bienal de Artistas Mulheres de Macau, serão reveladas ao público chinês

 

[dropcap]O[/dropcap] museu da Escola de Artes da Universidade Normal de Nanjing, na China, recebe a partir de hoje a exposição de Raquel Gralheiro, intitulada “O Meu Zodíaco Chinês”, uma iniciativa organizada pelo Albergue da Santa Casa da Misericórdia de Macau. Ao todo serão expostos 25 trabalhos da artista portuguesa, obras essas que já estiveram no Albergue SCM a propósito da primeira edição da Bienal de Mulheres Artistas de Macau.

De acordo com um comunicado, a inauguração desta exposição em Nanjing é resultado de uma “cooperação cultural e de intercâmbio com a China, que visa introduzir uma diversidade cultural e experiências visuais ao público do continente”.

Numa entrevista concedida ao jornal Ponto Final, aquando da exposição no território, a artista explicou que a “principal mensagem do trabalho é sempre o optimismo, o positivismo”, bem como “as relações fluídas, a boa sorte, a paz, a alegria, a força das cores puras”. “O que eu desejo para mim e para o mundo em geral é isso: paz, sorrisos e boa energia”, acrescentou.

A exposição em Nanjing integra um total de 13 pinturas, sendo que 12 delas dizem respeito aos signos do Zodíaco chinês. Há também uma tela de dimensões maiores onde estarão reunidos os 12 animais do horóscopo chinês acompanhados de um ser humano.

Ao Jornal Tribuna de Macau, Raquel Gralheiro destacou ainda o facto de, nestas obras, “a figura feminina estar em destaque”. “Nem sempre pintei mulheres, também tenho pinturas com homens, mas ultimamente tem aparecido sempre a figura feminina, talvez porque é a minha condição. Só sei ser mulher e estar no mundo como mulher”, adiantou.

Raquel Gralheiro disse ter lido muitas coisas sobre os signos chineses e o significado dos seus diversos elementos. “Uma das obras tem medalhas douradas, como se fossem as moedas ou as fichas no casino. Também há muitas formas arredondadas”.

Um lado oriental

Raquel Gralheiro nasceu em Viseu, mas foi no Porto que se formou em pintura e desenho artístico. O seu trabalho já passou por vários países, mas a curiosidade sobre Macau sempre existiu.

“Há a vontade de passar por todo o lado onde estiveram portugueses. Já expus no Brasil várias vezes, em Moçambique e Cabo Verde em intercâmbios culturais. Existe essa curiosidade de ver o que deixamos para trás”, referiu ao Jornal Tribuna de Macau.

O trabalho agora exposto em Nanjing nasceu de um convite feito à artista, disse à mesma publicação. “Há uns anos fui convidada para o Ano Novo Chinês no Porto, o Ano do Cavalo, e pensei que podia continuar”, referiu, notando que o seu “trabalho tem muito de Oriente” e na altura dessa exposição já alguns quadros com animais dos signos. Por outro lado, as cores que usa “também têm muito da cultura oriental”. “Quando comecei a observar o meu portfólio percebi as semelhanças”, declarou.

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