Burlas Telefónicas | Primeiro centro de transmissão descoberto em Macau

O esforço conjunto das autoridades da RAEM e do Interior da China resultou no desmantelamento de uma rede de burlas telefónicas. O caso envolve mais de 25 milhões de renminbis de prejuízo provocado por uma rede com capacidade para fazer 10 mil telefonemas por dia

 

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ), em cooperação com a Polícia de Zhuhai, interceptou na segunda-feira uma rede de burlas telefónicas que terá causado prejuízos de pelo menos 25 milhões de renminbis. Segundo a informação fornecida ao HM, o caso ganha maior relevo uma vez que esta foi a primeira vez que o centro de transmissão de um esquema deste género foi instalado na RAEM.

“A nossa investigação descobriu que a rede criminosa arrendou dois apartamentos na Zona Norte de Macau para servirem como centro de transmissão. Encontrámos nestes apartamentos vários computadores e outro tipo de equipamentos”, disse uma porta-voz da PJ ao HM. “Esta foi a primeira vez que um centro de transmissão para burlas telefónicas foi detectados em Macau”, foi acrescentado.

De acordo com a informação revelada pelas autoridades, esta rede terá sido responsável por 68 burlas telefónicas no Interior da China e 8 em Macau, com as perdas para os lesados a rondarem os 25 milhões de renminbis. “Acreditamos que a rede criminosa estava a operar há mais de sete meses e que fazia cerca de 10 mil telefonemas fraudulentos por dia”, foi explicado. “Pelo menos 68 fraudes telefónicas foram concretizadas no Interior da China e 8 em Macau, o que resultou numa perda para as vítimas superior a 25 milhões de renminbis”, foi detalhado.

Da operação realizada na segunda-feira resultou ainda a detenção de um homem de Taiwan com 29 anos, que tinha na sua posse 460 cartões SIM. De acordo com a PJ, o homem era o principal responsável pela manutenção e operação dos computadores e equipamentos que permitiam o funcionamento do esquema de fraudes.

Após a detenção, o homem foi reencaminhado para o Ministério Público (MP) e enfrenta a acusação da prática do crime de burla, que se for tida como de “valor consideravelmente elevado” é punida com pena de prisão dos 2 aos 10 anos. O suspeito responde ainda pela acusação do crime de associação criminosa, punido com pena de prisão de 3 a 10 anos ou 5 a 12 anos, caso o homem seja considerado como o cabecilha.

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