Bienal de Veneza | Heidi Lau apresenta complexidade local em Itália

[dropcap]H[/dropcap]eidi Lau vai representar Macau na 58.ª Bienal de Veneza. As 10 obras que integram a mostra da artista local vão estar patentes no Pavilhão Macau-China sob o tema “Aparição”.

De acordo com o Instituto Cultural, em comunicado, a artista pretende “tornar visível o invisível de Macau, dando eco ao tema da Bienal deste ano ‘Tempos Interessantes’”. A exposição organizada em quatro temas “Aparição I: Memórias Primitivas”, “Aparição II: A Casa Ancestral”, “O Momento Contemporâneo: Aprendendo com o Casino” e “Nostalgia Reflexiva: O Antigo Jardim Recreativo”, é uma exploração das memórias de infância de Lau. É este reaparecimento que a artista começa por invocar, logo pelo nome da própria exposição “que deriva do termo latino ‘apparere’(‘tornar-se visível’)”, o que remete para a manifestação de ‘um ente sobrenatural, tendo-se referido originalmente à epifania do Filho de Deus’”.

Aliás, o título invoca mesmo a ligação histórica entre Macau como “Cidade do Nome de Deus” e a sua indústria do jogo, dando enfâse à complexidade desta relação. “As suas obras assemelham-se a ruínas desmoronadas de relíquias históricas e evocam imagens de mitologias taoistas e folclóricas, envolvendo o público numa profunda reflexão através da sua interpretação bizarra e extraordinária”, revela o IC.

Esta é a sétima vez que Macau participa na Bienal de Veneza tendo, até agora, sido expostas obras de 15 artistas locais naquele é que é considerado um dos maiores eventos de arte internacionais.

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