1 de Maio | Lesados do Pearl Horizon entregam missiva ao Governo

Os lesados do Pearl Horizon e a Associação da Reunião Familiar de Macau organizaram ontem duas marchas de protesto que culminaram com a entrega de cartas na sede do Governo. De acordo com a PSP, as manifestações correram de forma pacífica e ordenada

 

[dropcap]A[/dropcap]pesar das reivindicações não serem novas, a União Geral dos Proprietários do Pearl Horizon e a Associação da Reunião Familiar de Macau marcharam em protesto durante a tarde de ontem, cumprindo a tradição internacional de manifestações durante o 1 de Maio. Porém, nenhuma das entidades pediu alargamento de direitos laborais.

Os lesados do Pearl Horizon entregaram cartas na sede do Governo e no Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM a pedir a resolução completa do problema que enfrentam e vincaram a insatisfação face às resoluções apresentadas pelo Executivo liderado por Chui Sai On.

Ouvidas pelo HM, duas proprietárias confessaram que perderam completamente a confiança no Governo e mostraram desconhecimento quanto ao timing da implementação da proposta de permuta de casa. Uma lesada, de apelido Chan, adiantou mesmo que a situação que a levou a protestar “não é um problema do promotor Polytex”, mas uma consequência da entrada em vigor da Lei de Terras, uma vez que na altura da compra ainda não existia legislação relativa à aquisição de fracções ainda por construir.

Além disso, Chan acrescentou não acreditar no plano de habitação para troca apresentado pelo Executivo por uma questão de disparidade de valor. A lesada duvida que a fracção a que terá direito corresponda aos padrões de luxo dos apartamentos que estavam planeados para o Pearl Horizon.

Tudo em família

A outra manifestação de ontem foi organizada pela Associação da Reunião Familiar de Macau, que também entregou uma carta na sede do Governo com o intuito de reforçar o pedido de reunificação de pais que residem no território com filhos que moram no Interior da China.

Na missiva foi endereçado um convite ao Chefe do Executivo para participar num encontro promovido pela associação para comemorar o Dia Internacional da Família, no próximo dia 15 de Maio. Em declarações ao HM, o presidente da associação recordou que há mais de uma década que luta pela reunificação entre filhos de pais separados. Além, disso, o dirigente associativo recordou que o Chefe do Executivo lhe terá assegurado que iria discutir com o Governo Central uma solução para o problema, mas que, até hoje ainda não foi dado um único passo nessa direcção.

Contas diferentes

Quanto aos números de participantes, a contabilidade feita por ambas as associações diverge da feita pelas autoridades. De acordo com o presidente da União Geral dos Proprietários do Pearl Horizon, Kou Meng Pok, participaram na manifestação entre 300 e 400 pessoas. Os números avançados ao HM pela Associação da Reunião Familiar de Macau referem a adesão de 570 pessoas.

Segundo dados avançados pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), a manifestação organizada pelos lesados do Pearl Horizon contou, “durante o período de pico, com 280 participantes, enquanto o protesto pela reunião familiar levou à rua 130 pessoas. A CPSP destacou 120 agentes para garantir a manutenção da ordem pública.

Ainda de acordo com as autoridades, “com o apoio e indicações de agentes policiais, os manifestantes desfilaram pacificamente, conseguiram expressar as solicitações e a manifestação foi realizada duma forma ordenada”.

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