Ponte HKZM | Transportadora diz que regras vagas impedem maior fluxo de mercadorias

[dropcap]O[/dropcap] responsável de uma transportadora asiática afirmou que o fluxo de mercadorias na nova ponte que liga Hong Kong, Macau e Zhuhai, na China, continua a ser reduzido devido às regras “pouco claras” estabelecidas por Pequim.

Em entrevista ao jornal de Hong Kong South China Morning Post (SCMP), George Yeo adiantou que a sua empresa vai esperar por regras mais claras antes de decidir se vai utilizar a ponte, um marco do projecto de integração regional da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

Actualmente, a circulação na ponte está sujeita a quotas, pelo que os veículos não podem circular livremente. “Os detalhes são muito importantes. Neste momento, temos apenas uma ideia geral [do plano da Grande Baía]. Agora temos de ir aos pormenores”, disse o director executivo da Kerry Logistics, com sede em Hong Kong.

“Ainda há muito pouca carga a atravessar [a ponte] porque as regras não estão claramente estabelecidas com as autoridades aduaneiras”, frisou o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Singapura.

Desde que a ponte com uma extensão total de 55 quilómetros abriu, em Outubro passado, o número reduzido de carros privados e de camiões a fazerem a travessia tem sido um tema central de discussão.

A infra-estrutura, considerada a maior travessia marítima do mundo, levantou a esperança de que o movimento de mercadorias entre as cidades do Delta do Rio das Pérolas aumentasse exponencialmente.

No entanto, em Fevereiro último, não chegaram a 3.500 os veículos de transporte de mercadorias na ponte, de acordo com dados oficiais da autoridade que gere a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

Um mês depois da abertura, a mesma autoridade admitiu que o trânsito ficou “aquém das expectativas” e que existe “grande espaço” para aumentar o fluxo de veículos.

O documento das “Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau” foi divulgado no mês passado pelo Governo central chinês.

Até 2022, a Grande Baía deverá converter-se num ‘cluster’ de classe mundial e, até 2035, numa área de excelência a nível internacional.

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