SociedadeJogo | Analistas projectam impacto da guerra comercial em Macau Hoje Macau - 22 Mar 2019 [dropcap]A[/dropcap] grande questão para a indústria dos casinos na RAEM é como se vai lidar com os efeitos das relações comerciais entre a China e os Estados Unidos. Este foi o foco da discussão tida num painel de analistas do ASEAN Gaming Summit 2019, que terminou ontem em Manila, nas Filipinas. Uma das previsões é que os junkets podem cortar nos empréstimos a jogadores VIP ligados ao sector industrial, devido a preocupações com o aumento de tarifas e a possibilidade de estas resultarem em dívidas por saldar. O painel constituído por Vitaly Umansky, da Bernstein Global Wealth Management, Praveen Choudhary da Morgan Stanley e Anil Daswani do Citigroup teve como objectivo discutir o futuro da indústria do jogo na Ásia. Daswani referiu que as receitas do sector são imprevisíveis, e que toda a equação económica depende da relação comercial entre Washington e Pequim e da possibilidade de reconciliação. As oscilações dos resultados podem variar entre perdas de 15 por cento e lucros de 12 por cento em 2019. O analista da Morgan Stanley destacou a mudança estratégica das concessionárias que apostaram com mais afinco no mercado de massas. Nesse aspecto, Praveen Choudhary acredita que a abertura da Ponte HKZM veio facilitar o acesso dos jogadores do Interior da China às mesas de jogo de Macau. Já o especialista em jogo do Citigroup prevê que a liquidez dos jogadores que escolhem Macau para apostar está longe de se esgotar e que, a dar-se a recuperação, o segundo semestre de 2019 “pode ser enorme para região”. No que diz respeito às concessões, o grupo de analistas foi unânime na expectativa de que as actuais operadoras vão ter as suas licenças renovadas em 2022. A ideia deixada é que a renovação é uma mera formalidade transformada numa grande novela. Foi também avançada, pelos três analistas, a possibilidade de haver uma nova concessão concedida a um operador local.