Xi Jinping em Lisboa em Dezembro antecipa ano da China em Portugal, diz ministro da cultura

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministro da Cultura afirmou em Macau que o Presidente chinês vai estar em Lisboa no início de dezembro, numa antecipação do ano da China em Portugal, países que celebram, em 2019, 40 anos de relações diplomáticas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já havia anunciado, em finais de junho, a visita de Estado de Xi Jinping no final do ano, uma “visita importante” e possível devido à “capacidade de diálogo e de entendimento” de ambos os países.

Hoje, Luís Filipe Castro Mendes precisou que a visita do líder chinês irá decorrer no início de dezembro, poucas semanas antes de arrancar, em simultâneo, o ano da China em Portugal e o ano de Portugal na China.

“Esperamos nessa altura ter uma manifestação cultural digna para receber o Presidente Xi Jinping”, disse aos jornalistas o responsável pela Cultura, presente em Macau para o “Fórum Cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.

Entre as várias “manifestações culturais portuguesas na China e manifestações culturais chinesas em Portugal”, o ministro destacou, em fevereiro, “um evento muito especial para celebrar o ano novo chinês”, uma “festa muito popular em Lisboa”, que conta sempre “com muita adesão”.

Estão previstas, ainda, apresentações de companhias de bailado, concertos e exposições, cujo alinhamento o ministro discutiu, na quinta-feira, com o homólogo chinês, em Pequim.

“A reunião que tive ontem [quinta-feira] com o ministro da Cultura chinês serviu exatamente para acertarmos os nossos calendários, as nossas perspetivas e o nosso trabalho neste festival – no qual Macau terá, naturalmente, uma participação”, declarou.

No próximo ano, comemoram-se quatro décadas das relações diplomáticas entre Portugal e a China, mas também 20 anos do regresso de Macau à administração chinesa, uma “coincidência temporal e feliz”, considerou.

“São relações que se desenvolveram de uma forma extraordinária, temos hoje uma relação estreita a nível económico, ao nível do comércio, ao nível da ciência e ao nível da cultura, esta última que queremos mais presente na China” e vice-versa, disse.

Aqui, “Macau joga um papel de grande importância”, pois trata-se de “uma ponte natural entre estes dois países”, concluiu.

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