Saúde | Menos centros de cuidados primários mas mais consultas em 2017

Macau tinha menos estabelecimentos de cuidados de saúde primários no ano passado, mas registou mais consultas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]  oferta de centros de saúde públicos e consultórios particulares encolheu, mas o número de consultas aumentou. É o que dizem as estatísticas da saúde de 2017 divulgadas ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

Em concreto, ao longo do ano passado, nos 702 estabelecimentos de cuidados de saúde (menos 17 do que em 2016) foram realizadas mais de quatro milhões de consultas, traduzindo uma subida ligeira de 0,9 por cento. Este universo inclui 14 centros de saúde públicos e 688 consultórios particulares, dos quais quatro em cada dez eram policlínicas.

Em alta esteve também o número de profissionais de saúde. De acordo com dados fornecidos pelos Serviços de Saúde, existiam 1.730 médicos (mais quatro) e 2.397 enfermeiros (mais 55). Em 2017, o número de médicos por cada mil habitantes correspondeu a 2,6 – abaixo do rácio de 2,7 em 2016 –  enquanto o de enfermeiros foi de 3,7 – acima do de 3,6.

Segundo a DSEC, ao serviço dos hospitais estavam 821 médicos (mais 34), um quinto dos quais com menos de 35 anos. Do total, 531 eram médicos especialistas (mais 26). Já os enfermeiros eram 1.735, ou seja, mais 43 do que em 2016.

Em termos de camas de internamento não houve grandes mexidas, dado que os hospitais disponibilizavam 1.596 ou mais cinco do que em 2016. O rácio era de 2,4 camas de internamento por 1.000 habitantes (ou seja, menos 0,1 camas face a 2016).

Mais internamentos

Ao longo do ano passado estiveram internados 58.846 doentes – mais 1,8 por cento em termos anuais. Neste âmbito, destaca-se o crescimento (de 23,4 por cento) do universo de pacientes com menos de 15 anos. O número médio de dias de internamento foi de 7 dias (menos 0,1 dias face a 2016), com a taxa de utilização das camas (70,8 por cento) a cair pelo segundo ano consecutivo. Segundo a DSEC, tal explica-se com o facto de o número médio de dias de internamento dos doentes ter diminuído e o do de camas de internamento ter aumentado.

Já nas consultas externas os cincos hospitais de Macau atenderam mais de 1,69 milhões de pessoas, valor que traduz uma subida de 4 por cento em relação a 2016. Em contrapartida, baixou ligeiramente (0,9 por cento) para 473.000 o número de atendimentos no serviço de urgências. Segundo a DSEC, foram registados 100 mil tratamentos de diálise (mais 9,4 por cento face a 2016), os quais aumentaram pelo oitavo ano consecutivo.

Ao longo de 2017, foram administradas 365.000 doses de vacinas nos hospitais e nos estabelecimentos de cuidados de saúde primários, ou seja, mais 18,6 por cento, em termos anuais. Do total, 109.000 doses, ou quase três em cada dez, eram de vacinas contra a gripe.

Segundo a DSEC, foram ainda notificados 9.929 casos de doenças de declaração obrigatória – mais 9,5 por cento. A influenza (4.110) surge à cabeça, seguida da infecção por enterovírus (3.398), num pódio que fica completo com a varicela (697).

Já as dádivas de sangue subiram de 14.288 para 21.220 em 2017, ano em que havia 10.391 dadores efectivos (menos 357), dos quais 2.951 foram doar sangue pela primeira vez (menos 287).

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