Lucros líquidos da Wynn Macau mais do que duplicaram

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]s lucros líquidos da Wynn Macau mais do que duplicaram no primeiro trimestre do ano para 227,1 milhões de dólares norte-americanos, anunciou ontem a operadora de jogo num comunicado.

As receitas operacionais da Wynn Macau ascenderam a 1,28 mil milhões de dólares norte-americanos, traduzindo um aumento de 27,8 por cento face ao primeiro trimestre do ano passado. As receitas de jogo representaram mais de 86,2 por cento do total, subindo 28 por cento em termos anuais homólogos para 1,10 mil milhões de dólares norte-americanos.

Já a empresa mãe, a Wynn Resorts, registou prejuízos líquidos de 204,3 milhões de dólares norte-americanos entre Janeiro e Março, contra lucros de 100,8 milhões de dólares apurados em igual período do ano passado.

Não obstante, as receitas operacionais do grupo cresceram 20,5 por cento para 1,72 mil milhões de dólares norte-americanos. Um aumento que, de acordo com os resultados não auditados do grupo, advém do aumento de 279 milhões de dólares das receitas nas operações de Macau e de 12,8 milhões em Las Vegas.

As receitas operacionais da Wynn Macau, que opera dois casinos no território, representaram 74,4 por cento das registadas pela Wynn Resorts no primeiro trimestre do ano.

Na videoconferência com analistas após o anúncio dos resultados, o CEO da Wynn Resorts, Matthew Maddox, revelou um plano para remodelar as instalações do Wynn Macau, avaliado em 100 milhões de dólares. “Redefini prioridades e acelerei as oportunidades de investimento”, indicou o mesmo responsável.

Matthew Maddox sublinhou ainda que a Wynn Resorts “não está à venda” na sequência da saída de Steve Wynn. O magnata de jogo, de 76 anos, deixou em Fevereiro a liderança e todos os cargos que ocupava no grupo na sequência do escândalo de alegados abusos sexuais nos Estados Unidos. Em Março, o magnata deixou de ter qualquer participação na empresa que fundou. “Como CEO, não estou interessado em olhar pelo retrovisor (…), estou apenas focado no futuro”, afirmou, sublinhando que foram feitos “progressos significativos”. “A administração executiva não tem estado apenas focada em manter e melhorar as operações (…), mas também em reduzir o ruído em torno do nosso negócio”, apontou o CEO da Wynn Resorts.

Sobre a aquisição de 4,9 por cento da Wynn Resorts pela Galaxy Entertainment, anunciada no mês passado, Matthew Maddox sinalizou a possibilidade de as duas operadoras poderem trabalhar juntas em busca de oportunidades em novos mercados, apesar de ressalvar que não existe qualquer acordo para o efeito.

Com a compra das acções, a Galaxy Entertainment ficou com 4,9 por cento do capital da Wynn Resorts que, por sua vez, detém 72 por cento da Wynn Macau, na qual passa a ter então uma fatia na ordem dos 3,5 por cento.

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