Pequim envia 395 forças da paz para missão da ONU no Mali

A China vai enviar no próximo mês quase 400 efetivos militares e médicos para o Mali, parte de uma missão de paz das Nações Unidas, noticiou ontem a agência oficial chinesa Xinhua

 

[dropcap style≠‘circle’]T[/dropcap]rata-se do sexto batalhão que a China destaca para aquele país africano, em conflito desde 2012. O grupo é constituído por 170 tropas, 155 sapadores e uma unidade médica de 70 profissionais.

A unidade vai reconstruir vias públicas, pontes e pistas de aterragem, assim como proteger bases militares em zonas de conflito e tratamento médico de doentes e feridos, entre outras funções. Entre os 395 efectivos conta-se uma brigada de protecção contra armas químicas, que já esteve destacada no Sudão do Sul por cinco ocasiões, e cerca de 100 soldados, que já participaram em missões da paz, indicou a Xinhua.

O Mali atravessa um período de grande instabilidade, desde o golpe de estado de 2012, quando grupos rebeldes aliados a organizações extremistas tomaram o controlo do norte do país, durante dez meses.

Aquela forças foram expulsas em 2013, após uma intervenção militar liderada pela França, mas extensas áreas do país, sobretudo no norte e no centro, escapam ainda ao controlo do Estado.

No domingo, o primeiro-ministro do país, Soumeylou Boubèye Maïga, ordenou o desarmamento de todos os portadores de armas, registadas ou ilegais, em todo o território do Mali.

Segundo a agência da ONU para os refugiados, a violência no centro do Mali causou nas últimas semanas a fuga de três mil cidadãos do país para o Burkina Faso.

 

Exercício no estreito

A China realizou exercícios militares com fogo real na costa sudeste, noticiou ontem a imprensa oficial, num período de renovadas tensões entre Pequim e Taipé devido ao apoio dos Estados Unidos ao governo da ilha. O Exército de Libertação Popular indicou que os exercícios envolveram a coordenação de vários tipos de helicópteros militares, que detectaram e atacaram alvos marítimos.

Segundo a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua, os exercícios terminaram às 22h de Macau. Não é claro se os exercícios são os mesmos que a China anunciou na semana passada para o estreito de Taiwan. No entanto, a televisão estatal chinesa CCTV informou que os exercícios anteriormente anunciados são dirigidos às forças independentistas de Taiwan, com a seguinte manchete no seu portal: “Não digam que não foram avisados!”.

O porta-voz do Ministério da Defesa de Taiwan, Chen Chung-chi, desvalorizou os exercícios, e afirmou que a China está a exagerar a escala das suas actividades para criar ansiedade entre a população da ilha. “O Partido Comunista Chinês jogou com intimidação verbal barata e fanfarronice através da imprensa estatal para criar pânico e mal-estar”, afirmou Chen, descrevendo os exercícios como regulares.

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