Maló Clinic | BNU exige em tribunal de Lisboa dívida equivalente a quase 63 milhões de patacas

O Banco Nacional Ultramarino (BNU) avançou com uma acção de execução contra a Maló Clinic com vista à cobrança de uma dívida no valor de 6,3 milhões de euros – o equivalente a quase 63 milhões de patacas, noticiou o Expresso. A empresa estará em negociações com o banco para encontrar uma solução

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] processo deu entrada na semana passada no Tribunal da Comarca de Lisboa. De acordo com o semanário português, a acção de execução para a cobrança de uma dívida de 6,3 milhões de euros de que é alvo o empresário Paulo Maló, figura como “um efeito colateral da suspensão da licença que a Maló Clinic tinha para operar em Macau”.

Os Serviços de Saúde anunciaram, em finais de Novembro, a suspensão por seis meses do Hospital Taivex/Malo “devido à prática de procriação medicamente assistida, tráfico e contrabando de medicamentos de oncologia, falta de condições de higiene e segurança para a prestação de cuidados de saúde”. Além do encerramento do espaço, até ao próximo dia 21 de Maio, foram aplicadas duas multas a quatro médicos e um enfermeiro, e outra à clínica.

Dias depois, Paulo Maló desmarcou-se do sucedido, afirmando que a ordem de encerramento das instalações da empresa PHC-Pacific Health Care, que detém a licença da TaivexMalo, não abrangia a sua empresa, embora tenha afectado, na prática, o seu funcionamento, uma vez que partilhavam o mesmo espaço. O empresário esclareceu que a Malo Clinic detém apenas em Macau a actividade ligada à medicina dentária e não está relacionada com outras áreas médicas, responsabilidade de outras entidades. “A Taivex/Malo não é a Malo Clinic”, frisou, reiterando que as duas entidades têm estruturas accionistas diferentes.

Pouco depois da suspensão da licença surge uma ordem de despejo por parte da empresa proprietária do Venetian, com a Sands China a manifestar estar “muito preocupada” com a investigação e subsequente decisão dos Serviços de Saúde de suspenderem a licença de um dos arrendatários, o hospital de dia TaivexMalo”.

“Apesar de desconhecer situações em que pacientes tenham sido prejudicados na clínica, a empresa tomou todas as medidas necessárias para proteger os interesses dos clientes e defender o seu compromisso com os mais altos padrões de qualidade depois de ser conhecida a suspensão da licença, incluindo o fim do contrato de arrendamento com efeitos imediatos”, indicou a Sands China num comunicado no início de Dezembro.

Com efeito, em Janeiro, segundo noticiou o Jornal Tribuna de Macau, as instalações do Hospital de Dia Taivex/Malo foram seladas por ordem do tribunal a pedido do BNU por estarem alegadamente em causa dívidas ao banco.

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Jorge
Jorge
26 Mar 2018 14:12

Qualquer cego via, desde o início, que era um projeto fraudulento.