Comércio | Aumenta procura no sector a retalho

[dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]á mais vagas por preencher no comércio a retalho, sinalizando um aumento da procura por recursos humanos num sector que paga, em média, 14.200 patacas

O comércio a retalho tinha 2.781 vagas por preencher no final do ano passado, mais 319 em termos anuais homólogos, indicam dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). No topo da lista de pré-requisitos figuram os conhecimentos linguísticos, em particular o domínio do mandarim (73,6 por cento dos postos vagos) e a experiência profissional (59,2 por cento).

Em Dezembro, o retalho empregava 37.050 trabalhadores (mais 2,2 por cento), representando quase dois terços do total de mão-de-obra ao serviço do comércio. A remuneração média correspondia a 14.200 patacas, sendo que, à luz dos dados de Dezembro, os residentes ganhavam mais 4.830 patacas do que os portadores do chamado ‘blue card’.

Já o sector dos transportes, armazenagem e comunicações empregava 11.360 trabalhadores – mais 1,6 por cento em termos anuais homólogos. Por preencher estavam 650 vagas (menos 84), exigindo-se em metade habilitações inferiores ou iguais ao ensino secundário geral, com apenas duas em cada dez vagas a requerem ensino superior. A experiência profissional era o segundo critério mais valorizado na hora do recrutamento.

A remuneração média correspondia a 21.470 patacas, mas no caso concreto dos condutores de veículos de passageiros ou de mercadorias dos transportes terrestres era 5.000 patacas mais elevada, de acordo com a DSEC. Num comentário aos dados, Lei Kit Meng, da Associação dos Motoristas, defendeu que o sector tem visto menos desemprego, considerando que Macau conta actualmente com profissionais do volante suficientes atendendo à dimensão da cidade.

Nas actividades de segurança laboravam 10.862 pessoas – mais 2,4 por cento face ao período homólogo de 2016. Ao contrário do comércio e dos transportes, a remuneração média diminuiu (2,1 por cento) para 13.250 patacas, sendo que os guardas em específico ganhavam, em média, 11.420 patacas. No total, existiam 1.023 vagas.

No tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos trabalhavam 862 pessoas, estando apenas disponíveis 41 vagas. A remuneração média era de 18.130 patacas, valor que traduz um aumento anual homólogo de 2,3 por cento.

Segundo a DSEC, no quarto trimestre do ano passado, 28.812 pessoas dos quatro ramos de actividade económica frequentaram um total de 1.100 cursos. Mais de 60 por cento dos formandos frequentaram cursos pagos pelos empregadores.

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