Favorito à sucessão do Presidente chinês Xi Jinping acusado de corrupção

[dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]un Zhengcai, antigo membro do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC) e visto como favorito à sucessão do Presidente da China, Xi Jinping, foi hoje acusado de corrupção, informou a procuradoria-geral chinesa.
Sun ocupou o cargo de secretário do PCC no município de Chongqing até julho passado, quando foi anunciado que estava a ser investigado pela Comissão de Inspeção e Disciplina do PCC.
No seu portal oficial, a procuradoria-geral da China diz que Sun “recebeu ilegalmente grandes montantes em dinheiro e bens”, em troca de beneficiar terceiros.
Sun, de 53 anos, era um dos membros mais novos do Politburo do PCC, que reúne os 25 mais poderosos da China, pelo que constava entre os favoritos a suceder Xi Jinping no cargo de secretário-geral do partido.
O comunicado da procuradoria-geral aponta que Sun será julgado por receber subornos, mas a liderança chinesa sugeriu já que as transgressões de Sun foram essencialmente politicas.
Durante o XIX Congresso do PCC, que se realizou em outubro passado, o diretor do regulador da China para os valores mobiliários afirmou que Sun e outros altos-quadros do regime atingidos pela campanha anticorrupção em curso no país estavam a “conspirar abertamente para se apoderarem da liderança do partido”.
Sun foi expulso do PCC em setembro passado, suspeito de “graves violações da disciplina”, termo com que o órgão máximo anticorrupção do partido descreve habitualmente os casos de corrupção.
Antigo ministro da Agricultura, entre 2006 e 2009, Sun foi então substituído por Chen Miner, ex-chefe de propaganda de Xi, como secretário-geral em Chongqing.
Mais de 440 dirigentes, alguns dos quais ministros, foram já atingidos pela campanha anticorrupção em curso na China, desde que Xi Jinping assumiu a chefia do PCC, em novembro de 2012.
Trata-se da mais persistente e ampla campanha do género na história da China comunista, mas críticos apontam que esta serve para Xi afastar rivais políticos, promovidos por outras cliques internas do PCC, argumentando que é gerida por um órgão interno do partido e não uma entidade independente.
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