EventosMadalena Iglésias morreu com 78 anos Hoje Macau - 17 Jan 201817 Jan 2018 “Ele e Ela” foi o tema que eternizou a cantora Madalena Iglésias quando venceu o Festival da Canção em 1966. A cantora morreu ontem, em Barcelona, aos 78 anos A cantora Madalena Iglésias, que venceu o Festival da Canção em 1966 com a música “Ele e Ela”, morreu ontem, aos 78 anos, numa clínica em Barcelona, Espanha. Madalena Lucília Iglésias do Vale nasceu a 24 de outubro de 1939, na freguesia de Santa Catarina, em Lisboa. A cantora iniciou a carreira no Centro de Preparação de Artistas, na ex-Emissora Nacional, e em 1966 venceu o Festival RTP da Canção com o tema “Ele e Ela”, de Marco Canelhas. Na altura, Madalena Iglésias já se tinha apresentado, em 1959, na televisão espanhola, e em 1960 foi eleita por votação popular, através de subscritos, Rainha da Rádio e da Televisão. Em 1962, representou Portugal no Festival de Benidorm, que lhe abriu definitivamente as portas do mercado internacional. Em 2008, em declarações à Lusa, a propósito da publicação da sua fotobiografia “Meu nome é Madalena Iglésias”, de autoria de Maria de Lourdes de Carvalho, a intérprete afirmou que sempre se sentiu perseguida pelo complexo da beleza, apesar de reconhecer que “estava à frente” do seu tempo. Além de “Ele e Ela”, do repertório da cantora fazem parte, entre outras, as canções “Silêncio Entre Nós”, “Poema de Nós Dois”, “Canção para um poeta”, “Canção Que Alguém Me Cantou”, “É Você”, “Oração Na Neve” e “De Longe, Longe, Longe…”, “Canção de Aveiro”, “Cuando Sali de Cuba”, “Ven esta noche”, “La frontera” e “La más bella del baile”. Marco de uma época O cantor e compositor Tozé Brito lamentou a morte de Madalena Iglésias, considerando que marcou uma época e é um nome de referência na música portuguesa. “É um nome de referência da música portuguesa. É inevitável não falar da Madalena Iglésias, quando se fala da história da música portuguesa. Nesse sentido, tenho muito respeito por ela e imensa pena da sua morte”, disse. Em declarações à agência Lusa, Tozé Brito, que não trabalhou nem escreveu nada para Madalena Iglésias, disse ter acompanhado “aquela geração”, que incluía nomes como Simone de Oliveira e António Calvário, entre outros. “Havia três ou quatro nomes que marcaram aquela época da música portuguesa, principalmente a Simone que foi ‘rival’ da Madalena Iglésias. Elas competiam por um lugar de rainhas da música portuguesa, de primeira dama na música portuguesa”, salientou. Tozé Brito disse ainda que Madalena Iglésias “foi uma grande senhora, uma mulher com comportamento exemplar, lindíssima, com muito boa presença em palco e que um ídolo da televisão”.