Era para ter sido em Setembro, depois passou para Outubro, mas parece que é desta. O teatro Capitol vai reabrir ainda este mês a título experimental. De acordo com os proprietários, a reabilitação do espaço vai dinamizar a zona e apesar das polémicas, os vendilhões não precisam de se preocupar em sair
[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois de várias datas, todas elas adiadas, o Teatro Capitol pode reabrir a titulo experimental até meados de Janeiro. A informação foi avançada ao jornal Ou Mun pelo empresário e principal proprietário do edifício William Kwan.
As obras de reparação arrancaram no primeiro trimestre do ano passado e “têm decorrido ao ritmo esperado”, referiu.
Até à data, estão concluídos mais de 90 por cento dos trabalhos de reparação do teatro e os equipamentos já estão em fase de teste.
A infra-estrutura que faz parte da história local e reúne um “grande valor cultural” vai, depois das obras, ter um palco maior. De acordo com William Kuan foram removidas algumas fileiras de cadeiras e o espaço foi optimizado.
O investimento de cerca de 15 milhões de patacas é, para o empresário, positivo, na medida em que com a reabertura do Teatro Capitol o centro comercial que integra o mesmo espaço “vai ser revitalizado e a economia daquela zona vai ser mais diversificada”.
A companhia espera oferecer às entidades ligadas à cultura e às indústrias criativas, uma plataforma ideal para a prática, o intercâmbio e a realização de eventos, referiu William Kwan.
O responsável acrescentou ainda que, após entendimento com os proprietários dos vários andares do edifício, espera arrancar com mais obras a partir de Junho de forma a renovar todo o centro comercial.
Questionado sobre o Teatro Cheng Peng, William Kuan disse que vai reforçar a colaboração com as autoridades para se proceder às obras de reparação. O objectivo é transformar aquele espaço num museu de ópera.
Vendilhões a salvo
De acordo com um dos membros da comissão de proprietários do edifício que alberga o teatro, Leong Chi Pio, em declarações ao HM, a abertura daquele espaço “é positiva e pode impulsionar os negócios dos vendilhões”.
Apesar das polémicas relativas à possível expulsão dos comerciantes que se servem das instalações do centro comercial, Leong Chi Pio garantiu ainda que não vão sofrer qualquer influência com o decurso das obras de renovação que se vão realizar.
O responsável referiu ainda que as equipas de limpeza e de reparação entraram nos 2º e 3º andares do edifício para reparar as lojas para que possam ser arrendadas. Por outro lado, Leong Chi Pio considera que a abertura do teatro pode afectar positivamente os negócios dos vendilhões do edifício. A razaçõ apontou, tem que ver com uma maior circulação de pessoas capaz de assegurar que os negócios que ali se fazem podem continuar a existir.