O concerto do “one-man band” Vurro promete arrasar amanhã o LMA

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] mundo do rock alternativo passou por uma espécie de febre com vários exemplos de one-man bands, como o português The Legendary Tigerman, a encarnação a solo de Paulo Furtado, a alcançar posições de algum destaque e a chegar a um público alargado. Porém, há um nome que eleva a performance ao vivo para níveis estratosféricos de loucura e o público de Macau terá oportunidade para o ver em concerto no próximo sábado. O seu nome de guerra é Vurro, um espanhol que em palco se rodeia de teclados e que usa uma caveira de boi na cabeça, apetrecho que lhe dá jeito para dar umas marradas em pratos de bateria. O seu som é uma espécie de boogie, twist de difícil definição.

Vincent Cheang, o responsável do LMA, está curioso com o que sairá do espectáculo de Vurro, uma vez que “não é fácil de conceber, porque é um one-man band totalmente insano”. Aliás, este tipo de concerto de um multi-instrumentista é algo pioneiro no espaço da Coronel Mesquita, de acordo com Vincent Cheang.

Um dos desafios do concerto de amanhã será montar todo o aparato de palco que o músico espanhol precisa.

Rock viral

Vurro começou por fazer furor no Youtube com um vídeo (Boogie) em que improvisa uma música ostentando o seu anormal visual. Depois do vídeo se ter tornado viral, começaram a surgir propostas para concertos que o levariam a fazer a primeira tour mundial. Andou pelas Américas, Europa e agora o músico espanhol chega a Macau depois de vir do Vietname e antes de partir para o Japão. Esta é a sua primeira tour asiática, aliás, a primeira vez que viaja pela Ásia.

Depois de receber as notícias de que iria levar a sua enérgica performance mundo fora, o espanhol ficou assustado mas empolgado com as portas que, de repente, se abriam.

Com um repertório com temas originais com forte influência conceptual bovina, Vurro apresenta-se em palco com uma energia contagiante e propícia a danças demenciais.

Quando entra em cena, com a caveira de boi na cabeça, precisa de ajuda para subir ao palco, uma vez que o “capacete” lhe dificulta a visão. Aí entra num transe tocando, em frenesim, um repertório de músicas curtas e de ritmo acelerado. De acordo com uma entrevista dada à organização do festival vietnamita onde tocou, Vurro não pára a performance até que alguém lhe bata no ombro para avisar que o concerto está a chegar ao fim.

Um espectáculo que promete ficar na memória dos que se deslocarem no sábado ao LMA. As portas abrem às 22h.

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