Hato | Vitor Sereno assina carta a pedir apoio para associações

[dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]em possibilidades de arcar com as despesas nos reparos aos estragos causados pela passagem do Hato por Macau, associações pedem apoio ao Governo em carta assinada por Vitor Sereno. Os danos e necessidades foram debatidos em reunião no passado dia 30 entre as associações de matriz portuguesa no território e o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong

Vinte e uma associações portuguesas e de matriz portuguesa propuseram, na sexta-feira, ao Governo de Macau a criação de um mecanismo de apoio para os trabalhos de recuperação dos danos causados pela passagem do tufão Hato, a 23 de Agosto.

Na carta, assinada pelo cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Vítor Sereno, em nome das 21 associações e entregue à secretária para Administração e Justiça, Sónia Chan, é destacada a necessidade de um apoio específico para estas organizações sem fins lucrativos.

Sobre o “mecanismo de apoio” às associações afectadas é proposto um “subsídio extraordinário, tendo em conta a gravidade dos danos e o valor das respectivas reparações”, ou que sejam autorizadas a utilizar “algum montante do subsídio já concedido no presente ano”.

As associações de matriz portuguesa “têm desempenhado um papel importante nas áreas da cultura, educação e solidariedade social”, com destinatários “que ultrapassam o universo dos sócios”, representando um “complemento no cumprimento das metas da acção governativa”, de acordo com a mesma carta.

Apoios para quase todos

Após a passagem do Hato, o mais forte tufão a atingir Macau em 53 anos, o Governo de Macau lançou uma linha de crédito, sem juros, para as PME afectadas até ao montante máximo de 600 mil patacas, e anunciou um pacote de “Medidas de abono” paras as empresas “responderem às situações emergentes”, “de natureza pós-calamidade” com um limite máximo de 30 mil patacas.

A nível individual, a Fundação Macau (FM) anunciou três tipos de apoios financeiros para as vítimas do tufão, incluindo familiares de cada vítima mortal, residentes que ficaram feridos, um montante máximo de 30 mil patacas a atribuir às famílias que “sofreram estragos nas suas residências provocados pela intrusão de água do mar causada pela passagem do tufão, ou com janelas partidas ou vidros quebrados”.

Duas mil patacas serão disponibilizadas às famílias “afectadas pelo corte do abastecimento de electricidade e água”, sendo este subsídio “acertado” com as empresas de abastecimento de electricidade e água, de acordo com a FM.

No passado dia 30, teve lugar uma reunião entre Vitor Sereno e as associações e matriz portuguesa no território. Após o encontro, o presidente da Associação dos Macaenses, Miguel de Senna Fernandes disse ao HM que quando questionou a FM acerca de possíveis apoios a resposta foi negativa. “A Fundação Macau disse que não há, neste momento, qualquer tipo de apoio dirigido às associações”, referia Miguel de Senna Fernandes.

Associação dos Macaenses, Casa de Portugal em Macau, Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau, Instituto Internacional de Macau e Associação Promotora da Instrução dos Macaenses, Escola Portuguesa, Jardim de Infância D.José da Costa Nunes. Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, Clube Militar, Instituto Português do Oriente são algumas das 21 associações subscritoras.

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