Tufão Hato: Aulas na EPM começam a 6 de Setembro, apesar dos estragos

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] vice-presidente da Escola Portuguesa de Macau disse hoje à agência Lusa que as aulas vão começar, conforme previsto, a 6 de setembro, apesar da destruição causada na quarta-feira pela passagem do tufão Hato.

Este foi o tufão mais forte dos últimos 50 anos a atingir Macau, tendo causado oito mortos no território, segundo o mais recente balanço das autoridades, hoje divulgado.

“[O ano letivo] vai começar no dia 6 de setembro, porque nós vamos conseguir preparar tudo para que [as aulas] se iniciem nesse dia”, afirmou Zélia Baptista.

“Os alunos podem não ter todas as comodidades que costumavam ter. Por exemplo, os jardins vão ficar vedados, mas tanto as salas de aula como os pátios de recreio vão ficar operacionais “, sublinhou.

A vice-presidente admitiu que “poderá não haver cantina” no arranque das aulas, mas garantiu que, a confirmar-se, essa situação “será comunicada atempadamente aos pais “.

A cantina, explicou, “ficou toda estilhaçada e neste momento está a ser difícil arranjar operários para trabalhar a esse nível, principalmente por causa dos vidros”, que ficaram destruídos com o tufão, afirmou.

Zélia Baptista observou que ainda não é possível quantificar os estragos, que “foram avultados”, em termos monetários.

“Temos na parte exterior da escola dois jardins que estavam vedados por muros. Os muros caíram e agora a escola está desprotegida. Qualquer pessoa pode entrar, portanto, essa é uma das nossas prioridades: tapar o local onde estavam os muros para dar privacidade e segurança à escola e posteriormente repor tudo o que lá estava”, disse.

De forma a manter a data do arranque do ano letivo, é preciso “libertar primeiro a escola dos destroços” e depois criar condições nas salas de aula para que “estejam operacionais no dia 06”.

“E isso é possível porque não houve muita destruição nas salas. A sala de música e uma das salas de informática é que estão um pouco mais danificadas”, observou.

Zélia Baptista deixou ainda uma palavra de agradecimento aos pais e alunos que se mostraram solidários com a escola e “manifestaram disponibilidade para ajudar no que for necessário”.

No entanto, disse que a escola ainda não recorreu a essa ajuda, porque primeiro era necessário retirar o entulho.

Na Escola Portuguesa, o tufão destruiu dois muros exteriores que estavam a delimitar dois jardins, incluindo um onde o artista português Vhils criou um mural no final de maio.

Quase todas as árvores nos pátios da escola foram arrancadas pelo vento, e duas, que apresentam risco de queda, têm de ser cortadas, para garantir a segurança dos alunos, segundo Zélia Baptista.

O rasto de destruição inclui estragos nos ares condicionados e sistemas de ventilação, muitas janelas e algumas portas partidas, sobretudo na ala mais nova das instalações, junto ao hotel Grand Lisboa, acrescentou.

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