China / ÁsiaInvestimento europeu no país cai 23% Hoje Macau - 1 Jun 2017 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] investimento por empresas europeias na China registou uma queda homóloga de 23%, no ano passado, em parte devido aos obstáculos no acesso ao mercado chinês, e apesar da retórica pró-abertura e globalização adoptada por Pequim. No total, as firmas dos países da União Europeia (UE) investiram 8.000 milhões de euros no país asiático, segundo um relatório ontem difundido pela Câmara do Comércio da UE em Pequim. Este valor “seria substancialmente maior se fossem eliminados os obstáculos no acesso ao mercado e melhorado o ambiente jurídico”, lê-se no documento, assinado pelo presidente da Câmara, Mats Harbon. O responsável afirma que 54% das empresas se sentem descriminadas face às firmas locais. A falta de reciprocidade é mais evidente no acesso ao mercado. Em 2016, a China investiu um total de 35.000 milhões de euros na UE, uma subida homóloga de 77%. Além do referido favorecimento, as empresas europeias observam também que as firmas chinesas são cada vez mais inovadoras, um fenómeno que devem “seguir com cuidado”, aponta o documento. Ainda assim Apesar da percepção pouco optimista das empresas europeias sobre o mercado chinês, 55% destas registaram um aumento dos lucros no país, em 2016. As firmas dos sectores transportes, logística e distribuição apresentaram os piores resultados, mas os esforços de Pequim para atacar a poluição sustentaram um forte crescimento entre as empresas na área do ambiente. Ainda assim, apenas seis por cento das empresas europeias nota menos dificuldades em fazer negócios na China, enquanto 49% dizem que piorou. O sector mais afectado é o da engenharia civil e construção, com 79% das empresas a considerar que o acesso ao mercado se tornou mais difícil, com Pequim a conceder os contratos a empresas chinesas, sobretudo estatais. As empresas europeias enalteceram ainda a campanha anti-corrupção lançada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, mas criticaram o pesado e imprevisível quadro regulamentar e a ambiguidade das leis no país.