Manchete PolíticaFórum Macau | Confirmada vinda de Li Keqiang Hoje Macau - 5 Out 20165 Out 2016 O Primeiro-Ministro chinês chega à RAEM na próxima semana, por ocasião do Fórum Macau. Aquele que será o quinto encontro entre participantes do Fórum reúne diversos dirigentes, onde se destaca o Primeiro-Ministro português [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Primeiro-Ministro chinês, Li Keqiang, participará este mês na Conferência Ministerial do Fórum Macau, noticiou a agência oficial Xinhua. Também o Governo, através de um comunicado, informa que Li Keqiang estará na RAEM entre 10 e 12 de Outubro, para visitar o território “e participar na cerimónia de abertura da 5.ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. O Governo diz querer aproveitar esta oportunidade para consolidar e reforçar “ainda mais” o papel que Pequim atribuiu à RAEM em 2003, de ser uma ponte de ligação entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Nesse ano, Pequim criou o Fórum Macau, que tem um secretariado permanente e reúne a nível ministerial a cada três anos. Na semana passada, o Primeiro-Ministro chinês, numa visita aos Açores, enalteceu o aprofundamento das relações entre a China e Portugal e os “excelentes resultados” da cooperação entre as empresas dos dois países em terceiros mercados, nomeadamente na América Latina. Citado pela agência oficial Xinhua, o responsável do Governo Central elogiou os “resultados profícuos da cooperação pragmática entre os dois países em diversos sectores”, afirmando que espera que os dois lados continuem a colaborar em áreas como a Energia, Finanças e Oceano. O Executivo local frisa que é “com enorme prazer” que recebe o também membro do Politburo do Partido Comunista Chinês, numa visita que associa a um “sinal da grande atenção do Governo Central” ao território. Fórum de todos A 5ª Conferência Ministerial do Fórum Macau contará com a presença de vários dirigentes, incluindo António Costa, Primeiro-Ministro português. Participam ainda José Ulisses Correia e Silva, Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Baciro Djá, Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau, Carlos Agostinho do Rosário, Primeiro-Ministro de Moçambique, e Abrahão Gourgel, Ministro da Economia de Angola. Do Brasil chega Marcos Pereira, Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, sendo que de Timor-Leste vem Estanislau Aleixo da Silva, coordenador dos Assuntos Económicos e Ministro da Agricultura e Pescas. Gao Hucheng, Ministro do Comércio da China, irá presidir à cerimónia de abertura da conferência, a realizar-se no dia 11 de Outubro, na parte da manhã. São Tomé e Príncipe é o único país lusófono que não integra o Fórum Macau, por manter relações diplomáticas com Taiwan. No sábado passado, o Chefe do Executivo, Chui Sai On, considerou “um grande acontecimento a nível nacional” a realização da conferência ministerial. A Conferência deste ano, onde “serão definidas as linhas, áreas e modalidades de cooperação entre a China e os países de Língua Portuguesa para o triénio 2017-2019″, tem como tema: “Rumo à consolidação das relações económicas e comerciais entre a China e os países de língua portuguesa: unir esforços para a cooperação, construir em conjunto a plataforma, partilhar os benefícios do desenvolvimento”. “Procurará explorar novas áreas para a cooperação económica e comercial (…), elevando o nível de cooperação e, simultaneamente, fortificando e dando continuidade ao processo de consolidação do papel de Macau como plataforma”, acrescenta um comunicado do Governo. A par da Conferência Ministerial, será ainda lançado o “projecto do complexo da plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa”, a construir em Macau, e haverá uma “conferência de empresários e quadros da área financeira”. O Chefe do Executivo apelou aos “diversos sectores sociais” envolvidos na organização da conferência para redobrarem os “esforços na sua preparação, em prol do sucesso da reunião”, para consolidar e incrementar “ainda mais” o papel que Pequim atribuiu a Macau em 2003.