China / ÁsiaUber funde operações com rival chinês no continente Hoje Macau - 2 Ago 20162 Ago 2016 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]aplicativo de transporte Uber e o seu rival chinês Didi Chuxing vão fundir as suas operações na China, pondo fim a uma renhida competição pelo mercado da segunda maior economia mundial, avançou a agência Bloomberg. O negócio permitirá à Uber ficar com 20% da futura empresa, detalhou a agência. Ambas as firmas gastaram milhares de milhões de dólares com subsídios para motoristas e passageiros, e trocaram acusações mutuamente, como parte de uma campanha pelo domínio do mercado chinês. A estrutura do acordo permitirá à Didi Chuxing controlo indiscutível. O negócio poderá ser formalmente anunciado em breve, segundo o Wall Street Journal. Uma mensagem posta a circular nas redes sociais chinesas e alegadamente escrita pelo presidente executivo da Uber, Travis Kalanick, diz: “Aprendi que, para obter sucesso, é preciso ouvir a tua cabeça e seguir o teu coração”. Ambas as empresas estavam a “investir milhares de milhões de dólares na China e ambas não conseguiram ainda registar lucros”, lê-se na mensagem. “Alcançar lucros é a única forma de construir um negócio sustentável, capaz de melhor servir os passageiros chineses, motoristas e as cidades, a longo prazo”, acrescenta. Na semana passada, a China legalizou de forma definitiva as operações dos aplicativos de transporte, tornando-se o primeiro país a aprovar uma lei para regular este modelo de negócio. A normativa obriga as empresas do setor a pagar impostos e proíbe-as de praticar políticas agressivas de preços, “suscetíveis de causar perturbações no mercado”, restringindo possivelmente o recurso a subsídios. Em Maio, o gigante tecnológico norte-americano Apple investiu 1.000 milhões de dólares no Didi Chuxing, que tem uma quota de quase 90% do mercado chinês. Como parte da fusão, a Didi Chuxing investirá mil milhões de dólares na Uber, elevando o valor da firma para 68 mil milhões de dólares, detalhou a Bloomberg. A Uber assumiu-se, nos últimos anos, como uma das mais valiosas ‘startups’, à medida que se expandiu para 50 países, mas tem enfrentado barreiras legais e protestos das companhias tradicionais de táxi em quase todo o mundo.