Carminho, Charlie Chaplin e Puccini nas “Bodas de Pérola” do FIMM

[dropcap style=’circle’]E[/dropcap]ste ano é assinalada a 30.ª edição do Festival Internacional de Música de Macau. Umas Bodas de Pérola que nasceram em 1977. De “pequenino” o evento foi crescendo e a presente edição conta com um mês de Outubro cheio de vozes e instrumentos de todo o mundo, master classes e um fórum. Tudo para que aquele que é um dos mais antigos festivais asiáticos continue a crescer.
De Portugal destaca-se a presença de Carminho pela primeira vez no território. Mas há ainda um Fórum Internacional e um festival extra.

Conversas que não são da treta

O Fórum é uma iniciativa que pretende não só assinalar a efeméride, como ainda ser uma alavanca para o seu crescimento, afirma Iong Chi Kin, chefe do Departamento de Desenvolvimento das Artes do Espectáculo do Instituto Cultural (IC), organizador do evento.
A iniciativa conta com a realização de uma série de palestras profissionais experientes do mundo da música e da organização de espectáculos. Martin Engstroem, director executivo do Festival Verbier na Suiça, Jay Forster, co-fundador e director artístico do Clockenflap de Hong Kong, e Zhang Jie, directora da Escola de Música de Universidade de Xangai são só alguns dos nomes confirmados.
O Fórum é aberto ao público em geral e pretende “fazer um balanço e recolher ideias” para que o evento possa continuar a crescer, afirma o chefe do departamento. Desta iniciativa sairá um livro que resumirá os conteúdos abordados de modo a que no futuro possa ser uma referência.
No Festival extra vão ter lugar Master Classes. A organização destaca a participação do pianista português Adriano Jordão, o percussionista Colin Currie, o mestre de huqin Xu Ke e a “rainha da pipa”, Zhong Hongyan.
As conversas pré-espectáculo também estão em agenda, bem como visitas aos bastidores. Em jeito de aquecimento, e ainda durante todo o evento, começam em Setembro as sessões de cinema integradas no FIMM e que são acompanhadas de partilha e discussão com Leong I On e Chan Ka Keong.

Puccini e Chaplin

É a ópera que abre o pano da trigésima edição do FIMM. “Turandot” em três actos é uma produção da Orquestra de Macau com o Coro Nacional da Coreia e Coro Juvenil de Macau, que se aliou ao encenador italiano Giancarlo del Monaco e ao cenógrafo e figurinista William Orlandi para apresentar a peça de Puccini.
O final do evento também conta com inspiração de Charlie Chaplin e o evento de encerramento é um espectáculo que acompanha com música “in loco”, a cargo da Orquestra de Macau, os filmes “Luzes da Cidade” e “A quimera de ouro”. A dar o tempo estará o maestro norte americano Timothy Brock e o espectáculo tem lugar no Parque Dr. Carlos de Assunção.
A fadista Carminho vem partilhar o seu fado ao FIMM, além de nomes como Ray Hargrove e Valery Gergiev.
Ung Vai Meng, presidente do IC e autor do logótipo que distingue o evento, afirma que o tema desta edição é os “Gloriosos 30 – As sino rapsódias”. Um evento que pretende assinalar as três décadas com especial “dedicação às características culturais da China”.
O orçamento para o Festival deste ano não sofre alterações mantendo-se nas 38 milhões de patacas.
No total são cerca de 20 espectáculos que vão de 1 a 30 de Outubro. Os bilhetes estarão à venda a partir de 7 de Agosto.

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