Ambiente | Tarifas diferentes para consumos diferentes, pedem associações

* por Angela Ka

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo deve estabelecer um regime de recompensa e punição para cessar o gradual crescimento do consumo da energia. A sugestão é feita por associações de defesa ambiental, que dizem que o exemplo deve vir de cima e, concretamente, do Governo, com uma boa gestão no consumo. As grandes empresas também são visadas já que, sendo das maiores gastadoras também deveriam ser incentivadas a ser as grandes poupadoras, dizem associações.
As declarações foram feitas ao Jornal Ou Mun, onde Joe Chan, presidente da Macau Green Student Union frisou que, para as grandes empresas poderem tomar decisões neste sentido, o Governo deve tomar a iniciativa e dar o exemplo. Chan refere que as medidas energéticas que Macau adopta não são sustentáveis. Relembra ainda que, com a pequena dimensão do território, não se justifica o investimento em energia alternativa, sendo que se encontra dependente da compra ao exterior de gás natural e electricidade.
“O consumo de energia nos últimos dez anos duplicou, mas como não existe outra saída, o que Macau pode fazer é controlar o aumento do consumo de energia per capita. Ultimamente a consciência da população já aumentou muito, mas o consumo de electricidade comercial tem aumentado, sobretudo no Jogo”, referiu.
Chan defende que o Governo “provavelmente não consegue negociar com as companhias” de Jogo porque está ligado a essas receitas por um lado e, por outro, porque não consegue fazer uma gestão correcta do seu próprio consumo de energia.
A sugestão da Associação vai no sentido de estabelecer um regime de recompensa e punição para fiscalizar o consumo excessivo dentro das entidades pertença do Executivo.
A Associação Energia Cívica, liderada por Agnes Lam, organizou no sábado as Mesas Redondas Cívicas onde também se discutiram medidas de poupança energética. Lam U Tou, vice-presidente da Associação Choi In Tong Sam relembrou que o consumo de energia per capita também aumentou em cerca de 30% no ano passado. Lam U Tou frisa que há quatro anos, o Governo procedeu a uma consulta pública sobre a possibilidade da aplicação de tarifas diferentes a entidades de diferentes dimensões, mas o plano foi abandonado. O presidente apelou ainda para o regresso a essa estratégia de execução tarifária.

Menos golfinhos brancos

O número de exemplares de golfinhos brancos caiu de 87 para 65 exemplares no prazo de um ano. A notícia foi ontem avançada pela imprensa local, que refere dados do relatório do Departamento de Agricultura, Pescas e Conservação da RAEHK. A culpa será da construção de infra-estruturas de grande envergadura nas águas ao largo de Hong Kong, que estarão a pôr em risco a existência da espécie. Os responsáveis pela Sociedade de Conservação de Golfinhos Brancos de Hong Kong receiam o total desaparecimento da espécie num futuro próximo.

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