Sam Yuk | Pais suspeitam que escola engana DSEJ

Uma ex-directora da Sam Yuk foi suspensa por abuso de poder mas, segundo a comissão de pais, a escola ainda não o comunicou à DSEJ pelo que os subsídios continuam a pingar. Para além disso, a comissão espanta-se com o facto de a ex-directora ser acusada de burla e agressões e nunca ter sido punida

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] comissão de pais dos estudantes da Escola Sam Yuk acusa a direcção de burla pois, apesar de ter suspenso a directora este mês, ainda não deu nota do facto à DSEJ continuando a receber os respectivos subsídios do Governo.
A senhora Choi, presidente da comissão dos pais da Escola Sam Yuk (secção inglesa) contou ao HM que a escola suspendeu Wai Sze Man, uma das directoras do estabelecimento, no início deste mês mas disso ainda não avisou a Direcção dos Serviços da Educação e Juventude (DSEJ). Ou seja, a professora continua a receber do Governo os subsídios destinados aos professores, apesar de não estar em actividade.
Segundo a representante dos pais, a directora foi suspensa por abuso de autoridade. “Quando entrou na escola, em 2014, tinha mais de cem alunos na secção chinesa, mas recentemente, tinha apenas 30”, afirma Choi.
A maioria dos alunos foram expulsos ou transferidos por ela para outras escolas por faltas que Choi considera menores como “chegarem atrasados às aulas ou nelas dormirem”. Segundo a representante dos pais, “não é normal tantos alunos expulsos em tão pouco de tempo”.
Questionada porque razão é esta comissão (da secção inglesa) e não a dos pais dos alunos da secção chinesa a apresentar queixa, a presidente disse que aqueles “têm medo que os seus filhos sofram mais pressão na escola ou que venham a ser expulsos” e adianta ainda mais casos:
“Como a escola tem um programa de leitura, foi exigido aos estudantes que lessem três livros e fizessem um ensaio sobre cada um. Caso não cumprissem, eram obrigados a ir uma semana para a biblioteca ou mesmo suspensos de entrarem na escola” disse a presidente.

Abusos sem punição

Apesar da petição ter sido assinada em Dezembro do ano passado, e entregue ao Governo, Choi lamenta que apenas agora a suspensão tenha sido decidida.
Para além das acusações de abuso de autoridade, a representante dos pais diz que estes estranharam ainda o facto de a professora Wai Sze Man ter sido acusada de burla ao pedir uma contribuição a cada aluno no valor de 4,500 patacas. Esta verba, alegava a directora, seria a necessária para cobrir uma actividade anual dos alunos que era normalmente subsidiada pela DSEJ, mas nesse ano a verba teria sido cortada.
Informada a DSEJ, veio a provar-se que nada disso era verdade tendo obrigado a Escola Sam Yuk a devolver o dinheiro aos pais.
Além disso, a presidente indicou ainda outros factos da conduta irregular da ex-directora, como o caso de uma agressão a outro professor da secção inglesa da escola e ao filho deste.
Todavia, para espanto da presente da Associação de Pais a ex-directora nunca foi punida, ou formalmente acusada, nem pela burla, nem pelas agressões.

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