SociedadeAmbiente | Associação critica Plano Quinquenal por só conter “slogans” Flora Fong - 4 Mai 2016 [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s medidas na área ambiental contidas no Plano de Desenvolvimento Quinquenal da RAEM são alvo de críticas de Joe Chan, presidente da Associação União Macau Green Student. Em declarações ao Jornal do Cidadão, Joe Chan alerta para o facto do plano conter apenas “slogans” e de referir trabalhos que não vão poder ser concluídos este ano e que já deveriam ter sido alcançados. O ambientalista alertou ainda para a necessidade de regular a produção de resíduos sólidos e de construção civil no prazo de cinco anos, caso contrário prevê “a saturação” da central de incineração. Joe Chan referiu que muitas metas a médio prazo, como 20% de taxa de reciclagem de resíduos electrónicos, não foram cumpridas, já que actualmente é de apenas 10%. “O Governo apresentou muitas coisas, mas onde estão as medidas de supervisão, acompanhamento e avaliação? O planeamento para os próximos cinco anos não podem ser apenas um slogan, o futuro do nosso ambiente é algo preocupante”, apontou. Joe Chan falou de um aumento de 10% o ano passado em termos de resíduos, alertando para perigos para a saúde pública caso não sejam tomadas medidas. Há outros planos do Plano Quinquenal que também não agradam a Joe Chan, tais como as políticas de promoção do uso de veículos eléctricos. O ambientalista considera que faltam medidas para resolver a questão dos carros abandonados, nem a diminuição dos resíduos. “O Plano deveria explicar a diminuição do lixo na sua origem, mas o documento não só não menciona isso como não define metas. Será que se vai promover isso através da educação? Se este Plano for mostrado noutros países vão achar uma piada”, referiu. Joe Chan disse mesmo que o Plano Quinquenal “não foi escrito por um governante de alto nível”. A ausência de medidas para a preservação de espaços verdes também preocupa Joe Chan, que espera vir a ter uma reunião com a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) em Maio ou Junho para abordar o futuro do ambiente em Macau.