China / ÁsiaChina | Plano quinquenal para crescimento anual de 6,5% Hoje Macau - 17 Mar 2016 A Assembleia Nacional Popular (ANP) da China aprovou ontem o XIII plano quinquenal do país (2016-2020), que prevê um crescimento anual da economia de pelo menos 6,5%. O plano quinquenal da China até 2020 é o primeiro desde a chegada do Presidente Xi Jinping ao poder e prevê que em 2020 o Produto Interno Bruto chinês (PIB) seja o dobro do de 2010. Após quase duas semanas, o plenário da ANP, o órgão legislativo chinês, terminou ontem a sua reunião anual, dando luz verde ao documento. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou, numa conferência de imprensa no final da votação, que vê “mais esperanças do que dificuldades” na economia da China e descartou a possibilidade de o país vir a sofrer uma “aterragem forçada”. Li disse estar confiante em que a segunda economia mundial cumpra os objectivos estabelecidos para este ano e defendeu que a China está numa “boa posição” para evitar riscos financeiros. Em 2015, a economia chinesa cresceu 6,9%, o ritmo mais baixo dos últimos 25 anos e aquém dos 7% que tinha estimado. No mesmo período, o sector dos serviços representou pela primeira vez mais de metade do PIB, à frente da indústria e agricultura. As perspectivas para este ano indicam um crescimento entre 6,5 e 7% do PIB, que a inflação se mantenha em torno dos 3% e a criação de 10 milhões de postos de trabalho urbanos (depois de em 2015 terem sido gerados 13,12 milhões). Outras metas O documento prevê que a população chinesa chegue aos 1.420 milhões de pessoas em 2020 (actualmente ronda os 1.280 milhões), que 60% vivam em áreas urbanas (hoje são 50%), que não haja ninguém abaixo do limiar da pobreza e que a esperança média de vida aumente em um ano. Segundo o documento aprovado pela ANP, Pequim vai criar um fundo de 100 mil milhões de yuan para subsídios e compensações para trabalhadores que percam o emprego no âmbito do processo de reestruturação industrial. O XIII plano quinquenal pretende modernizar a indústria da China e responder à excessiva capacidade de produção industrial em certos sectores. Por outro lado, a China vai aumentar o tecto máximo do seu défice público para 3% do PIB, para dinamizar o crescimento económico. O documento prevê que as linhas ferroviárias de alta velocidade tenham 30 mil quilómetros em 2020, face aos 19 mil actuais, e que unam 80% das grandes cidades do país. Segundo o XII Plano Quinquenal, a China vai investir 800 mil milhões de yuan na sua rede ferroviária e 1,65 mil milhões de yaun nas estradas. A China tem a maior rede de comboios de alta velocidade do mundo, seis vezes superior à de Espanha, a segunda mais extensa.