SociedadeTurismo | Directora afasta optimismo de Ano do Macaco Hoje Macau - 11 Fev 2016 Ainda não é altura para festejar. O aviso vem de Helena de Senna Fernandes que afirma não ser um ano de muito “optimismo” para o cenário económico global. Mas há boas notícias: o Festival de Luzes veio para ficar No primeiro dia do novo ano chinês, a directora dos Serviços de Turismo de Macau foi cautelosa acerca do ambiente geral de recuperação, afirmando que Ano do Macaco “não é ainda” tempo para optimismo. “O Ano do Macaco não é ainda um ano em que podemos ser muito optimistas”, afirmou Helena de Senna Fernandes. “Ainda estamos a verificar que o cenário económico global não está muito estável”, disse, referindo-se à queda, desde 2014, das receitas dos casinos, principal motor da economia e do turismo em Macau. O número de turistas desceu 2,57% em 2015, a primeira queda desde 2009. Para a directora dos Serviços de Turismo, “na melhor das expectativas”, será possível “atingir um ligeiro aumento, na ordem de 1%”, no número de visitantes em 2016. “Mas não temos muitas expectativas porque este ano ainda não vai ser fácil”, sublinhou. Em Fevereiro de 2015, também à margem das celebrações do ano lunar, o Executivo anunciou a intenção de negociar com o Governo Central a imposição de um limite ao número de turistas da China em Macau. O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, chegou mesmo a deslocar-se a Pequim para discutir o assunto, mas desde então nenhuma medida foi anunciada. Confirmando que tais negociações tiveram lugar, e contaram com o apoio de diferentes instituições da China continental, Helena de Senna Fernandes disse apenas que o Governo de Macau se vai concentrar na “melhor distribuição [dos turistas] durante diferentes épocas do ano” e numa mudança de estratégia no que toca às campanhas de promoção na China, o principal mercado de origem dos turistas. “Dentro da China estamos a fazer uma mudança em termos da nossa maneira de atrair turistas, estamos a ir além de Guangdong”, indicou, referindo-se à província vizinha de Macau, de onde chega a maioria dos visitantes. “A sua estadia continua a ser um bocadinho curta”, lamentou. Por esse motivo, os Serviços de Turismo querem “ir além de Guangdong para atrair turistas de longa distância, turistas que têm menos oportunidades de visitar Macau, que não conhecem bem Macau”, sendo por isso possível atrai-los “a ficar mais tempo e despender mais”. Macau recebeu no ano passado mais de 30,7 milhões de visitantes, dois quais 20,4 milhões eram oriundos da China interior. Menos de metade do total de visitantes (46,6%) pernoitaram na cidade em 2014 e aqueles que o fizeram permaneceram em média 2,1 dias em Macau. Luz é para manter Helena de Senna Fernandes indicou ainda que o Festival de Luzes irá continuar no presente ano. A directora afirmou que vários comerciantes pediram para que o Governo realizasse de novo, em 2016, o festival, justificando que não aproveitaram as mais valias do mesmo no ano passado. Senna Fernandes garantiu que o mesmo será realizado. Neste momento está a decorrer um Festival de Luzes, perto da Casa de Portugal, para o dia dos namorados. “Desta vez não foi feito um concurso porque não houve tempo, mas para a próxima edição o Governo vai lançar o concurso para as empresas interessadas possam concorrer”, explicou, indicando que todos os anos será subordinado a um tema diferente, portanto não existirá a possibilidade de repetição das mesmas decorações. “A direcção vai continuar a investir. Neste momento já foram investidos cerca de cinco milhões de patacas para a promoção deste festival. Isto é para continuar. Vamos continuar a apostar na promoção”, reforçou. F.A/Lusa