Armazém do Boi | Exposição sem tema inaugura esta semana

O Armazém do Boi abre, esta quinta-feira, uma exposição peculiar: é que não existe um tema que agregue o estilo, propósito ou vontade dos quatro artistas convidados. A ideia é fazer recair o enfoque no talento individual e não no conceito de colectividade

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Armazém do Boi acolhe, em parceria com a Fundação Macau, uma mostra de arte sem tema previamente escolhido. Em foco estarão trabalhos dos artistas Lei Ieng Wai, SAH, Gigi Lee e Justin Chiang, que “concordaram na incompatibilidade dos conceitos de criatividade com grupo”.
Os artistas preferem alicerçar o seu talento a apenas isso mesmo, ao invés de partirem de um tema comum para explorar as suas técnicas e ideias. Para a direcção, a arte genuína “é um acto íntimo e pessoal, pelo que discuti-lo em grupo poderá destruir a sua originalidade”.
Também ao contrário de outras, a mostra não tem um curador, sendo o resultado de encontros frequentes entre os quatro artistas. A única característica comum entre o colectivo é, de acordo com a organização, a vontade de exporem os seus trabalhos e as suas notas pessoais.
Assim, os trabalhos apresentados não respondem a um tema comum, mas sim somente ao mesmo espaço físico onde estarão colocados. A exposição abre portas esta quinta-feira e fica patente até 31 de Janeiro com entrada gratuita. A galeria estará aberta ao público diariamente, das 12h00 às 19h00.

Disparidade na igualdade

Justin Chiang nasceu e viveu desde sempre no território, tendo ingressado no curso de Artes da Faculdade de Artes Visuais do Instituto Politécnico de Macau. Chiang é agora docente no Museu de Arte de Macau e tem apresentado as suas peças em vários locais, incluindo na Creative Macau. As suas telas exibem cores escuras e têm feitios geométricos pouco definidos, dando mesmo a sensação de uma certa vertente abstraccionista.
Já SAH é o conjunto de letras pela qual é conhecido o pintor macaense João Jorge Magalhães, responsável pelo desenho de garrafas de Coca-cola em exposição na Broadway por ocasião do aniversário da marca. Também SAH produziu uma série de mostras que aludem ao conceito abstracto com uma vertente de crítica social que pretende chamar a atenção do visitante.
Gigi Lee tem feito carreira no universo da curadoria em Macau, depois de concluir o seu curso de Arte em Taipei. A artista tem mesmo um estúdio no território onde desenvolve os seus trabalhos pessoais fora de horas.
Sylviye Lei é artista já conhecida da praça local, tendo o seu nome em várias galerias e exposições organizadas a título público e privado. Entre elas estão diversas mostras colectivas e três outras em Macau e uma em Taiwan a solo.

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