FIMM | Semana arranca com violinista letão Gidon Kremer

O violinista letão Gidon Kremer estreia-se hoje no CCM num concerto integrado no Festival Internacional de Música de Macau. Kremer traz consigo o Kremerata Baltica, grupo por si formado. Seguem-se os norte-americanos Chanticleer

[dropcap style=’cricle’]O[/dropcap]Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) traz hoje ao grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) o violinista da Letónia Gidon Kremer. No entanto, o artista não vai actuar sozinho, porque traz consigo o grupo que formou em 1997, o Kremerata Baltica.
De acordo com a organização, o músico é “considerado um dos violinistas mais originais e emocionantes da sua geração”, tendo vencido uma série de concursos como o Queen Elisabeth, o Paganini ou o Tchaikovsky. Kremer é igualmente prolífico quando se fala no número de obra publicadas, tendo lançado um total de 120 álbuns originais.
Os Kremerata Baltica são uma orquestra com jovens da Estónia, Letónia e Lituânia. O colectivo deu o seu primeiro concerto no Festival de Música de Câmara Lockenhaus, na Áustria e desde então “são conhecidos pela sua energia e alegria em palco”, explica a organização. O grupo foi fundado com propósitos educacionais com uma visão a longo prazo: por um lado, Kremer pretendia passar a sua mestria aos mais novos e, por outro, ensinar ao mundo que os Países Bálticos também têm música que vale a pena ouvir. fiim_CCM

Uma obra contemporânea

O grupo dedica o seu tempo a obras “contemporâneas de compositores russos e da Europa de Leste”, apresentando em palco obras de Arvo Part, Giya Kancheli, Peteris Vasks, Leonid Desyatnikov, Alexander Raskatov e Meiczyslaw Weinberg. Ao CCM trazem “Máscaras e Rostos”, um concerto pensado para cativar o público pela visão e pela audição. É que o espectáculo consiste numa confluência de cenários contemporâneos através do emprego de elementos multimédia e a interpretação musical de Frates, obra de Arvo Part.
“Reunindo música e artes visuais contemporâneas, a obra expressa-se numa língua altamente emocional que reflecte os nossos tempos políticos conturbados e atitudes sociais actuais”, define a organização. Os bilhetes para este concerto, que começa às 20h00, custam entre 200 e 300 patacas, dependendo do lugar escolhido.

Dias cheios de alma

Terça-feira o mesmo agrupamento volta ao Grande Auditório, desta vez para apresentar “Novas Estações”, com uma série de interpretações de Piazzolla, Vivaldi, Pushkarev e Raskatov. Todo o programa consiste em sinfonia relativa às quatro estações do ano.
“O programa do seu segundo concerto no XXIX FIMM, intitulado Novas Estações, inclui desde novas interpretações de Vivaldi e Piazzolla à estreia asiática do Segundo Concerto para Violino de Philip Glass”, explica o FIMM no seu programa do Festival. Este espectáculo acontece às 20h00 no CCM e os bilhetes custam entre 200 e 300 patacas.
No entanto, as actuações desta semana não acabam por aqui: a noite de quarta-feira é dedicada à música à cappella. Os norte-americanos Chanticleer actuam às 20h00 no Teatro D. Pedro V para cantar e encantar a plateia, com bilhetes que vão das 200 às 250 patacas. O colectivo, composto por 12 membros, foi fundado em 1978 e tem vindo a desenvolver uma série de novos arranjos musicais, passando do género inicialmente preferido de música renascentista para interpretações de jazz e gospel.
“O empenho de longa data do grupo em encomendar e executar obras novas resultou em mais de 90 peças escritas por mais de 70 compositores”, informa a direcção do FIMM. O programa já está definido e chama-se “Acima da Lua”, espectáculo que se dedica a homenagear a música de Nico Muhly, mas inclui também obras de Monteverdi, Mantyjarvi, Porter, Mancini e Elbow. O grupo recebeu, em 1999 e 2002, o prémio de Melhor Pequeno Agrupamento, e de Agrupamento do Ano 2008.

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